INOCENTE

Francisco de Paula Melo Aguiar

É fato de a palavra escrita ou oral não é inocente.

Isso mesmo, ela tem força, motivação, desmotivação e rapidez maior que a velocidade do vento, porém, deixa sua marca, pegada, risco ou vestígio por onde passa, tamanha é sua construção ou destruição.

A palavra é uma arma mui poderosa e tem a capacidade de construir e ou de destruir ilusão em fração de grau de segundo em qualquer momento. Um exemplo disso é a palavra, única arma usada por Jesus Cristo, no tempo que ainda não existiam os meios de comunicação: TV, rádio, jornal, Internet, telefone, etc.

É ela o instrumento motivador e ou desmotivado individual diante das circunstâncias apresentadas.

A tristeza assim como a alegria tem origem na palavra manejada com tal objetivo.

A mesma palavra que enaltece também afunda, sem problemas aparentes, basta saber usá-la.

Não é bom confundir a palavra com o mero sinônimo da mesma, dizendo que ambas são assim iguais em versos ou em prosas, pois, cada palavra é toda e única, por mais que pareça uma com a outra.

Não tenha dúvida de que o objeto ou coisa é a palavra com apropriação devida ou indevida, pois, dizer simplesmente o que é pode induzir erros sananáveis ou insanáveis.

E assim nunca uma palavra é a outra, diante da dúvida implantada pelo sim ou pelo não.

Diante do uso incorreto ou apropriado da palavra, tem origem o discurso de ódio cometendo crimes, lesando e manipulando a verdadeira palavra, indo assim, além da denotação ou conotação que ela por si mesma representa. Esta feito o fuzuê.

Não brinque jogando com a palavra como a ideologia política faz, porque ela não é adorno, viés ou enfeite, pois, ela é o sumo, vitamina ou veneno do pensamento.

Os amigos de hoje podem ser os inimigos do amanhã, diante da quebra de palavra ou de pensamento.

A palavra que faz a paz e a mesma faz a guerra.

A palavra não é inocente nem impune, depende o sentido em que ela é empregada.

A palavra é tudo, assim é preciso respeitar o que diz para não quebrar a confiança que temos em nossos compromissos e nos supostos de ambos os sexos.

Em linha geral não se deve falar como se quer, ficar botando conversa fora e gerando desconfiança ou desprestígio. Gente sem palavra não se respeita.

A palavra não é inocente e ou inerte, por isto mesmo, deve ser dita consciente em versos ou em prosas, uma vez que não se pode dizer tudo que emocionalmente vem à boca antes de conscientemente subir à mente para se ter certeza que ela serve como instrumento de comunicação santa e pecadora, porque quem fala o que quer ouve também o que não quer.

FRANCISCO DE PAULA MELO AGUIAR
Enviado por FRANCISCO DE PAULA MELO AGUIAR em 18/02/2024
Reeditado em 18/02/2024
Código do texto: T8001790
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