FOFOCAR

Francisco de Paula Melo Aguiar

É tempo de desesperado pelo poder político para puder se dar bem como relâmpago em noite escura e chuvosa.

É atolado a procura do atoleiro imaginário da riqueza da viúva rica em tudo e cujo espólio não garante a sua própria sobrevivência, apesar de ser a terceira maior cidade do Estado a que se diz pertencer, onde o esquecimento por si mesma é o lema que a mantém de pé, assim como a lama que apaga o fogo morto que mantém vivo o fogo que alimenta e adoça a mesa da riqueza e da pobreza todos dias de sua existência física.

Ah! Deixa de jogar palavra fora!

O açúcar é o ouro branco que antes é verde, ex-vi o canavial plantado no maçapê da várzea e na goma da areia que constitui o solo do tabuleiro antes coberto pela mata atlântica e nativa.

E isso não é mentira não.

É pura verdade.

Não é simplesmente fofocar antes dos dias que seguem e antecedem ao pleito municipal.

E a santidade apresentada pelos supostos pré candidatos aos cargos do executivo e legislativo é maior que os termos que justificam os nomes declarados puros e santos pela igreja.

Assim sendo, nos parece que "o primeiro passo para liquidar um povo é apagar a sua memória. Destrua seus livros, sua cultura, sua história. Então, mande alguém escrever novos livros, fabricar uma nova cultura, inventar uma nova história. Em breve essa nação começará a esquecer o que é e o que era... A luta do homem contra o poder é a luta da memória contra o esquecimento", ex-vi o pensamento do checo naturalizado francês Milan Kundera (1929-2023), em "O livro do riso e do esquecimento".

Mas o povo em si falando não é tão frágil assim, porque a sedição política eleitoral em nossa terra sempre se fez presente, onde se come o boi com farofa e arroz e não vota no dono do boi.

Fofoca à parte, assim tá demais, importar candidatos como se por aqui não existisse mais mulheres ( apesar de que nenhuma ainda não foi eleita prefeita ou vice na Terra dos canaviais) e homens defensores da causa pública é uma piada de fim de festa, quem for vivo depois da "sedição" política comprovará quem entrou na disputa grande e saiu pequeno.

E até porque "fofocar é uma visão de potência" no dizer do escritor Vicente Tolezano.

Não se faz omelete sem quebrar os ovos e na política não é diferente, onde o povo é quem paga tudo e nada tem porque via o voto popular entrega a raposa a chave do galinheiro.

FRANCISCO DE PAULA MELO AGUIAR
Enviado por FRANCISCO DE PAULA MELO AGUIAR em 24/02/2024
Reeditado em 24/02/2024
Código do texto: T8005777
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