MORRER A MULHER NÃO QUER, MAS MATAR QUER TER O DIREITO

A mulher está vivendo a fase mais confusa e absurda de sua existência. Poucos anos atrás ela não votava, e quando o fez ainda teve as excessos de poder. Em seguida veio a sua liberdade total para votar e ser votada.

Ela entrou em espaços de trabalho que ainda não o fazia e com respeito e educação. Parecia tudo indo bem até que começou a explodir a morte delas pelos companheiros.

Matam porque suas roupas não os agradam, matam porque não aceitam o fim do relacionamento ferrado e inútil aos dois.

Com essa realidade veio a luta por uma lei que as protegesse. Maria da Penha está aí a cada dia evoluindo, a tornozeleira eletrônica que ainda não encontrou seu lugar de verdade. Mas a luta continua.

Agora em 2024 fomos surpreendidos por uma batalha que não entendo ter nascido no coração da mulher.

O direito de interrupção de uma gravidez não importando o tempo da mesma.

A mulher que não quer MORRER deseja MATAR.

E o pior, quer medida diferente para o mesmo ato. E evitar uma gravidez não desejada deveria também ser lei. Evitar sair com o que elas chamam de "vagabundos". Evitar a gravidez todo o tempo, afinal é ela quem gera. Então ela tem que evitar o gerar.

Fica uma pergunta, se está disposta também a morrer? Se você quer assassinar livre, também morrerá livremente. É diferente, vai gritar.

Sim, é muito diferente. Porque você tem como se defender, a criança no útero não tem nem o direito nem fisicamente como se defender da assassina fria e cruel que irresponsável engravidou.

A mulher se tornou uma decepção enquanto mãe. Infelizmente essa é a nossa realidade. Onde evitar é fácil, barato e acessível. Vergonha, muita vergonha.

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Leticia Carrijo
Enviado por Leticia Carrijo em 01/03/2024
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