São Tomé: " Ver para crer".

Neste ano a maior democracia do mundo, pode eleger um presidente conservador e de direita. Um paradoxo: quanto mais precisamos de programas sociais, e de liberdade de expressão, mais o conservadorismo de direita cresce. Como explicar esse movimento? Penso que não se trata de governos, nem de classe social. Na verdade a população tem receio do novo. Todos querem manter -se na zona de conforto. Por isso, não há um voto consciente - votam mal, elegendo quem fala bonito – “populismo”. Ninguém, em parte alguma, quer de verdade uma sociedade prospera horizontalmente, isto é, permitir, pelo trabalho, uma melhor distribuição de renda. Permitindo o surgimento de uma sociedade mais evoluída, mais igualitária. Tornando-se assim, difícil explicar essa eterna luta: nós contra eles. Acredito, sim, que o verdadeiro problema está numa lacuna na intimidade da alma humana, e só Freud pode explicar.

Vamos esperar para ver o resultado destas nova eleições na grande América do Norte.

Lá, novamente, só dois polos disputam a presidência da maior economia atual: de um lado Biden um Democrata, mais de esquerda, de outro: o possível retorno do ex-presidente Donald Trump (Republicano)a presidência dos EUA – E se isso acontecer, promover-se-á um retrocesso nos direitos fundamentais da Democracia; conquistas estas que o atual governo de Biden promove e mantém. Sofrerá também as consequências de sua possível gestão de direita conservadora; as conquistas no que diz respeito aos valores e costumes da população; dos imigrantes; das minorias de um modo geral; das mulheres, e principalmente os programas sociais implantados pelo governo “Biden”. Sem falar do seu idealismo bélico e fortemente capitalista que norteará sua possível gestão, que certamente preocupa o mundo todo: que se pergunta? Como ele agirá em relação as guerras, entre elas, a invasão da Ucrânia pela Rússia e a de Israel contra o Hamas na Palestina, esta, com as negociações para o possível cessar fogo em andamento, e bem adiantadas.

No governo passado, o ex-presidente brasileiro espelhou-se em Trump na sua gestão. E o resultado na ocasião registrou um retrocesso nas liberdades de expressão, e nas conquistas costumes e sociais, principalmente. Foi um período que vivenciamos com pesar, pois na prática foi uma cópia fiel do seu governo (Trump); uma direita extrema e conservadora, praticando um total desrespeito a Democracia. Houve uma tentativa de desacreditar as instituições democráticas em todos os sentidos. O nosso país ficou dividido. E as fake News tomaram conta das redes sociais. Houve baderna, que quase ruiu nossas instituições democráticas.

Não sou político, nem de esquerda, nem de direita, mas assisto jornais, e procuro me manter informado, o que é difícil por conta da impossibilidade de saber o que é falso, e o que é verdadeiro nos meios de comunicação. Tento checar a verdade lendo e assistindo várias mídias, e resolvi acreditar principalmente nas câmeras de profissionais corajosos que filmam, mostrando-nos a realidades nua e crua, cenas reais e incontestáveis mostradas ao mundo, que aconteceram, tanto no Capitólio/EUA num passado recente, quanto no que aconteceu aqui no Brasil no dia 8/01/2023. Com a depredação do nosso Congresso, onde se instala os três poderes. Nos dois países podemos usar a máxima de São Tomé, “ver para crer”. Não tem como negar os fatos. Nem de lá, nem daqui. “Tá” nas fotos!” Tá” nos vídeos! É lamentável que todo este movimento, que aconteceu nos últimos anos, bem documentado, não sirva de base para o eleitor votar com consciência...

jaeder wiler
Enviado por jaeder wiler em 06/03/2024
Reeditado em 09/03/2024
Código do texto: T8014135
Classificação de conteúdo: seguro