DIÁLOGO METALINGUÍSTICO - Luiz Poeta Luiz Gilberto de Barros
DIÁLOGO METALINGUÍSTICO - Luiz Poeta Luiz Gilberto de Barros
Verso:
- Eu sou mesmo livre?
Poeta:
- Só quando não é frase repetidamente coloquial
ou quando não usa a tornozelheira de alguma tese pseudomoderna. Livre não é o verso. Livre e o fazer poético.
Poesia:
- E as metáforas, metonímias, prosopopeias e afins... uso-as obrigatoriamente? Afinal
Poeta:
- Nem sempre. Você só é poesia, quando tem conteúdo expressivo...além do mais, figuras em versos pobres, mais parecem cidadãos de blackties usando sandálias de dedo.
Poema:
- Eu sou poesia !
Mestre - irritado:
- Você, Poema, só se transforma em poesia quando é lido. Do contrario' é mero esqueleto des-anímico.
Poesia:
- Sem figuras, sou poesia ?
Conteúdo:
- E eu, onde entro nesse esqueleto chamado poema?
Poeta:
- Quando virar poesia, meu caro.
Luiz Gilberto de Barros - 250519 Rio de Janeiro Brasil.
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