Cotidiano

No dia a dia deparamos com a alternância de humor das pessoas em nossa volta. Vivemos num mundo bipolar. De repente aquele vizinho de anos, torna-se um estranho, com olhares de soslaio e atitudes estranhas . É corriqueiro ouvir: “era uma pessoa tão tranquila!” “Era”, era calmo, era bom, era alegre, era bom pai, filho, esposo, jogador, professor… Era!

O conceito de bondade e resiliência da humanidade vive no passado. É como se uma nuvem estivesse pairando sobre a terra e lentamente disseminando estranheza entre seus habitantes. Viver o cotidiano tornou-se extremamente desafiador. As pessoas se estranham no elevador, no trânsito, no trabalho, no lazer, em casa! Piscou, você vai ouvir:”nossa, ele/ela, era tão tranquilo!” Pois é, era!

“O pai exemplar, protetor, carinhoso, do nada, com as mãos que deveriam ser para proteger , as envolveu no pescoço da filha amada e lhe arrancou o direito de crescer.”

“O marido, companheiro, amigo, do nada, com as mãos que deveriam ser para acariciar, as usou para atingir sua amada lhe tirando o direito de viver.”

“O trânsito que te levaria para destinos escolhidos, do nada, virou um salve-se quem puder e tornou o seu cotidiano num verdadeiro caos”!

O atleta que deveria estar nos clubes, driblando desafios e acertando jogadas surpreendentes, usou suas habilidades para desrespeitar e destruir sonhos femininos.

Tempos difíceis, tempos sombrios.

Seu cotidiano virou um emaranhado de Leis. Busca-se a Lei para ter paz, obter o respeito, a proteção, a honra, a honestidade… tudo que deveria fazer parte da essência humana, tornou-se tema dos tribunais.

O Ser humano precisa rever o seus conceitos!