Trump - um verdadeiro e exemplar cristão

Jesus Cristo não fundou o cristianismo, simplesmente porque Ele não veio ao mundo para fundar religião alguma. Quem fundou o cristianismo foi o então imperador romano Constantino, por volta de 312 d.C. Desde sua criação, o cristianismo nada mais é do que um sistema de manipulação, cujas principais engrenagens são a religião e o Estado; as engrenagens movimentam o sistema e são alimentadas por este mesmo sistema. Os acessórios que também fornecem energia para o cristianismo são o moralismo, os ritualismos, o legalismo e a falsa (e barulhenta (vá a um culto pentecostal e tire a prova de que o Jesus deles é surdo)) religiosidade.

Como instrumento de manipulação, o cristianismo religioso (vamos assim definir o que criou Constantino para diferenciar os que verdadeiramente tentam seguir aos ensinamentos de Jesus) insiste em pautas ditas como conservadoras, que nada mais são que a hipocrisia sem disfarces: frequentadores de puteiros que pregam contra a prostituição (prostituta não é a mulher que vende o sexo para sobreviver, mas o homem que paga para satisfazer seus instintos animais); bígamos que pregam contra o adultério; sonegadores e mau-pagadores que "lutam contra a corrupção"; racistas e fóbicos que pregam a igualdade entre os seres humanos etc.

Assim, Trump, um famoso e contumaz caloteiro, sonegador, envolvido em escândalos sexuais, mas que prega o cristianismo religioso protestante estadunidense (escravocrata, armamentista e xenófobo), é um verdadeiro e exemplar cristão. Os estadunidenses fundamentalistas, que tanto influenciam os evangélicos brasileiros (o ideal de vida do crente brasileiro é o "American Way of Life" dos filmes), estão corretos em apoiar Trump por lá: seus discursos xenófobos, racistas e moralistas são a essência do cristianismo religioso ocidental.