Memórias de leite

Início falando do meu sonho de gerar um filho. Sinceramente não sei se usar a expressão,gerar uma vida, definiria meu sentimento. Lendo " A mãe sem manto" caderno PENSAR de 03 de fevereiro de 2024, me deparei com diferentes relatos sobre mães que me incentivou falar sobre o tema.

Dentre as várias vivências que tive, ser mãe, sempre foi uma meta. Gosto do cuidado, de planejar atividades que envolvam ensinar, acompanhar, partilhar progressos. Me faltava algo. Se fosse professora me sentiria realizada, mas faltava viver o parto. Aí vem a pergunta: e depois? Já vivia isso! Quando casada, sabia que dificilmente levaria uma gravidez a termo, adotei. Dessa forma vivi a maternidade e todas as suas facetas. Carreguei um bebê, busquei o leite, pediatra, jardim, escola. Fiz questão de viver intensamente reuniões, festas fotografei tudo.

Sou mãe, me sinto mãe e não admito que isso seja questionado. Mas e sobre a definição? Será que na verdade queria para minha vida esse lado da maternidade ou ainda sinto falta de gerar uma vida? O tempo traz novas prioridades. Eu me deixei viver com o roteiro que recebi. Me tornei uma boa mãe, me dediquei a outros sonhos pessoais entre eles o blog - um "diário, um blocos de notas- que me dei. A leitura, que se tornou hábito. O estudo, me pós-graduei enfim cultivei outros sonhos. além de ser MÃE.