O que talvez seja a liberdade.

Já quis ser andarilha, andar sem rumo, sem retorno.

Já quis dar a volta ao mundo, sem passado nem futuro.

Já quis ir embora daqui, para nunca mais voltar, como bem Frida registrou em seu diário.

Eu que tantas vezes soube mais sobre o porto que o mar. As âncoras me eram tão familiares. Quis estar em um Navio que cruzasse a linha do horizonte.

Na verdade, era um desejo de ser ausência. Como o pai que sai para comprar cigarros e nunca mais volta.

Hoje, luto para me apropriar cada vez mais da minha existência. Sendo inteira e presente.

De repente, tenho o mar dentro de mim.

Fixando os pés no chão, enfim vislumbro o que talvez seja, a liberdade. Criar cada vez mais profundas raízes.

Tiane Maga
Enviado por Tiane Maga em 10/04/2024
Reeditado em 10/04/2024
Código do texto: T8038863
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2024. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.