Ser do amor dela

Ser como ela se sentia a mulher mais linda da vida. E saiu de casa depois de formada na faculdade com vinte e dois anos e foi morar sozinha. E tinha a tez morena, olhos castanhos claros lindos, bochechas belas, sobrancelhas e serenas e doces, lábios que são assomados, cabelos que ondulados de cor morena até a altura do umbigo. Com cinquenta e dois quilos e um metro e sessenta e sete quilos e calçava trinta e seis de calçado. E gostava muito das saias azuis e das bolsas cinza. E começou para pagar a moradia que era cara a fazer shows de dança numa boate que ela conseguiu o emprego por intermédio de uma amiga que ela gostava muito e as duas dançavam na plateia e agradavam os clientes e mais nada. E ela ficava dançando das dez até as umas da madrugada e depois ia cansada embora ao seu apartamento que era o que dava a se pagar. E ela era professora de português e queria muito arrumar um emprego numa escola e ser professora para sempre. E começou na parte do dia a fazer e enviar seu currículo online e nas escolas porta a porta. E conheceu em uma de suas danças a noite um rapaz que se apaixonou por ela e ela não dava bola por que era cliente do bar. E então numa noite de sexta-feira ele a esperou ir embora de lá e a cercou e começou a conversar com ela e contou a estória de vida dele. Ele era professor universitário que tinha pós-doutorado em língua portuguesa e que estava procurando uma namorada. E então ela contou a história dela a ele. E ele deu o cartão dele a ela e disse para ela lhe ligar a partir do sábado para conversarem melhor sobre trabalho e que se ela estivesse interessada em trabalhar como professora que largasse aquele emprego e viesse a trabalhar com ele na escola em que este lecionava. E conversaram por telefone por quase três horas e se conheceram quase como completamente e se encontraram no domingo em um restaurante a convite dele e ele pago tudo o almoço e depois de acabado ele a pediu em namoro. E segunda ela pediu dispensa do bar e terça começou a trabalhar ao lado do namorado e futuro marido. E namoraram por sete meses e noivaram por doze meses e se casaram no civil e religioso. E ela teve um filho hoje com doze depois uma filha hoje com quatorze e os quatro eram exemplo de família e préstimo. E o filho deles dois se tornou advogado e a filha se tornou médica clínica geral. Com amor gentil eles quatro foram morar em uma casa com três quartos e tinha na sala um espaço para montar uma minibiblioteca e de também uma pequena garagem para dois carros e duas motos os quatro juntos. E tinha também um jardim lindo e maravilhoso que ela plantou lá bromélias, cactos e orquídeas e criou dois cachorros e dois gatos e uma tartaruga, pois ela além de ser professora de português era apaixonada pela natureza pela biologia. Desde que ela comprou sua primeira casa e carro seu coração se tornou interdependente e aquela alegria que ela sentia quando menina voltou ao seu coração. E adorava fazer guisado de frango e feijoada a cada três meses e convidava os pais e os dois irmãos sendo o mais velho professor de inglês e o do meio dentista e que jamais nenhuma dos dois a ajudou nem quando mais ela precisou. E a mãe dela era costureira e se retinha a guardar dinheiro no caso de necessidade. E aconteceu que o pai sofreu uma queda de escada do corrimão para baixo e teve de ser hospitalizado e precisou e de transfusão de sangue e ninguém por mais amor que tivesse quis doar sangue ao bom pai e foi ela a única pessoa e filha que doou o sangue e assim livrou o pai de morrer. E o pai vendo que a caçula fora a única que ajudou ele decidiu colocar na herança dele deixando os milhões que ele tinha guardado em segredo somente para a filha depois que ele partisse. E a mãe concordou com o marido. E foi que o pai dela faleceu com cento e dez a nos e deixou todo o dinheiro e bens que tinha e eram muitos. Já os dois irmãos reclamaram e disseram que era injustiça que tudo isso ocorreu e ela ficou feliz, pois foi justificada depois de anos de injustiça sofrida por causa deles dois. E ela pegou o dinheiro e comprou uma filial de uma boa escola e com a renda sobreviveu por muitos anos concernentes. E o marido da professora sempre ficou do lado dela e jamais quis nenhum centavo dela e ninguém e sempre tinha seu gordo salário de professor da faculdade. Desde que ele ficou hospitalizado quando precisou de um transplante de medula e entrou para a fila e foram muitos os testes. E foi que a própria esposa dele fez o exame de empatia sanguínea que deu certo e um em cada cem milhões se conseguem assim esse passo ser. E então ele recebeu da esposa o transplante de medula e em uma semana ele já estava com saúde e ativo em sua casa. E ocorreu outro problema na vida dela, o filho estava saindo da casa dela depois de um domingo lindo e festivo na casa da mãe como eram todos os finais de semanas e foi atropelado por um ônibus lotado a setenta quilômetros por hora. E foi socorrido o homem e levado ao hospital e teve de serem operados as pernas e braços urgentes. E ficou paraplégico das pernas e nunca mais iria movê-la e no começo ele chorou muito mais com o tempo se acostumou com o novo paradigma de vida. E a mãe dele processou o motorista e a empresa de ônibus e ganhou a causa e pelo resto da vida dele a empresa teria de pagar dez salários mínimos todos os meses para sempre. E pagar também os enfermeiros e fisioterapeutas que cuidavam dele para sempre também. Como assim ela foi envelhecendo e começou a escrever livros de sua vida e se tornou a maior biógrafa existente, pois adorava escrever a história dos outros. Escreveu a vida de vários seres de A até Z e foi marcante e impactante. E resolveu perdoar o motorista, pois descobriu que este era pai de três crianças pequenas e que estas dependiam exclusivamente dos salários dele de condutor de ônibus. Ser conivente com o erro não mais entender os dois lados da moeda sim. Com se sentimento que o amor e ardor que o filho dela se sentia reto e correto que o amor maior que se sinergia. E ele se aposentou por invalidez e passou a escrever sonetos e poesias e publicar livros e a tocar teclados com o coral da missa das dez de sua paróquia. E desde que o amor e dela que o sentido que movia seu coração ela lembrava um ser que doou a vida por ela o pai. E ela viveu bastante e jamais precisou ser internada num asilo ou cuidado de idosos e quando morreu não deu trabalho a ninguém e foi numa noite de sábado para domingo quando se apaixonou por pizza e um pouco de refrigerante e dormiu e não mais acordou e o marido chorou em silêncio as vozes do ocidente que a pranteavam. Desde que ela morreu com cento e vinte e dois anos os parentes sentiram muito a sua falta. Com a sentimentalidade que o verso mais nobre se adverte que o amor que o sereno que o passo que o sutil e que o aprisco que o nosso quente e amar e se move com pacientes docentes. Desde que os seres que doem nossos amores que nevascas de que o sentido do aprisco que o resiliste que advertir que o medo que somos mais apaixonados que alguém depois que perdemos. Somamos que o amor que a dor que passeia que o verter que o elo que o flagelo que o ver e ter que o nosso gelo e que edifica que o der e fazer que se somasse e trazer. Somar que o ferido amor que ela tinha pelos dois irmãos a ensinou a amar os que não gostavam dela, pois o mais difícil é amar quem não nos ama e sim o mais adequado e fácil ter como amor todos os que nos adjunta. E como o ajunta que o elo que o assíduo que o galgar e as manifestadas vozes e se serenas se seres assim se dor se for. Diz-se que alguém você ama de verdade primeiro ame a si mesmo e depois ao outro. Como sigma de uma fronteira anacrônica serena e porventura. Somos todos os elos de capacidade quais seres e sementes e seriadas como se gemem alelos que elos e de que julgas que os passos julgares. Como simples o amor por ela, o marido, os filhos, o pai, a mãe e os irmãos formavam essa doce família.

Gumer Navarro
Enviado por Gumer Navarro em 09/05/2024
Código do texto: T8059907
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