Um dia feliz

 

O dia estava muito bonito, já era quase 16 horas e eu sentei na praça. Olhei as árvores, os pássaros, os brinquedos, as pessoas com as crianças e fitei longamente o céu. Sem barulhos ou algazarras, tudo calmo e sereno. Temperatura agradável, sol quente. Fui imantado por uma energia muito boa.

 

Fiquei ali, curtindo o momento, simplesmente existindo naquela tarde benfazeja. O mundo era meu e eu era do mundo - sou coisa deste mundo, parte dele, nele e a partir dele constituído. Muito bom se sentir assim, pleno e total. Estou vivo e estou no mundo, e isso é absolutamente meu. O sol era meu, as nuvens eram minhas, as arvores eram minhas, a grama, a terra, o ar. Tudo. E usufruí de tudo e isso me fez um bem danado.

 

Passei o dia mexendo em livros nas estantes, livros que não eram meus, mas que eram mui belos e isso já começou a me deixar muito bem. Tomei café, conversei com as pessoas, fiz anotações na caderneta. Depois, três e meia passada, saí e fui sentar na praça. E a plenitude veio.

 

E foi isso. E foi muito bom. Tanto que vim aqui contar pra vocês nessa crônica. Pode não parecer nada demais, mais foi grande, intenso e raro. Desejo isso pra vocês, de coração.