Caçar e cuidar.

As vezes o caçador destemido, mesmo sendo homem contido, teme a noite entre arvoredos, próximos a rios e riachos. Talvez consiga vez por outra, um clarão das distantes estrelas em mata sem cão guia, não por escolha, más pelo trato documentado do órgão regulador. Sua arma como de índios, arco e flexas chega até o estorvar andar entre cipós, arbustos e pirambeiras.

Más para ele caçador o que importa e o abater com tiro certeiro, o que virá a ser o fardo até amanhecer.

Outras das vezes o destemido, também é pescador. Sai a tarde lança as redes em viagem cheia de ondas e perigo. Sabendo só na madrugada as redes serão resgatadas com a fartura sonhada.

Então a vastidão sua conhecida, entre o clima e o tempo que cisma, revolta afligindo com fadiga ou seu dia, ou madrugadas frias, tão chuvosa que nem sua experiencia imaginaria.

Por outras das vezes, este mesmo caçador vai para a cidade, chegando em entardecer pede uma pinga e ali sentado próxima a uma praça, saboreia duas ou mais. Acompanhado dá gastronomia de Boteco, que só bares sabem servir.

Más nos dias de hoje, quando chega nas cidades, encontra rua cheia de bonecos feito homens, manequins desarrumados como se lojas os tivessem descartados. É a droga K, usada por políticos, não pelo dinheiro que o vicio trás, más para calar a massa que poderia votar, entorpecer lideres que poderia esclarecer, assim calados em forma desarrumada, espalhados pelas calçadas como bonecos desenfeitados.

Então lembra ele de guerras e de campo de concentração e o porque não criar, um talvez lugar onde, que se droguem aos olhos nus dá sociedade, havendo lá um barracão como hospital de campanha, vigiado por agentes preparados da ABIM, entendendo não pela repressão, o tamanho do problema politico social que inventara, como arma de guerra em cabeças antes úteis dá nação.

Bem faz calada reflexão, passando com medo entre os irmãos, saindo de ônibus para o sertão. Preferindo as feras, cobras silenciosas, nem sempre rastejantes, em galhadas. Mesmo onças traiçoeiras fora das trilhas, em noites frias.

Kiko Pardini
Enviado por Kiko Pardini em 23/05/2024
Código do texto: T8069727
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