"A ignorância toda, para o homem todo, para todos os homens".

A ignorância toda, para o homem todo, para todos os homens... - isto aí!

Não obstante, o que significa a vernácula ignorante?

Verdade é, que, a princípio, a vernácula ignorante está, nos dias da atualidade, desvinculada do sentido original de "ignorantia", e, que, como se sabe, propõe o não entendimento de algo que não se domina. O medico ignora, é ignorante em Arquitetura, o arquiteto não entende da filosofia do Direito, e, o advogado, entende de jurisprudência, porém nada sabe de medicina ou de arquitetura.

Esta história mescla a prosa com a poesia...

Certo homem, valendo-se do seu poder aqusitivo, toma o filho, e, envia a um país distante para estudar, provendo-lhe de todo o recurso necessário para a jornada junto ao corpo docente.

Passado o ano, o filho retorna para o justo repouso do período de férias no seio da famíla, e, o pai lhe pergunta:... - [´Filho, diz-me; o que aprendeste neste ano que se encerra?]. O filho conclui:... - [Ó pai, neste ano, eu aprendi a falar o sapês e, então os sapos me diseram porque coaxam, pulam, vivem nas lagoas, e, morrem quando a mamãe deita o sal de cozinha sobre a sua pele asqueirosa.].

O pai irritado... - [Quer dizer que mando você a uma terra distante, pago, regularmente, a sua despesa e você m,e vem com a história de que apreendeu a falar o sapês?].

Enviou- o a um outro país...

Decorrido um ano letivo, o menino volta...

O pai o inquire:... - [Diz-me:... - O que assimilaste este ano em teus estudos?]. O filho esclarece:... - [Bem, este ano eu consegui a aprendero canês e, assim, estou apto a saber porque os cães se escondem perante a evidência do foguetório, sacodem a cauda, e, entrementes, lavam-nos as feridas e guardam a nossa casa!].

O quê? Pergunta o pai já enraivecido... - Arquei com as despesas do seu estudo por mais um ano letivo e você me vem com a história de que aprendeu a falar Canês? Não; isso é demais!].

O período de férias decorre, e, o pai, ainda constrangido, envia o filho para um país bem mais diseolve distante do que o primeiro.

Dez meses se passaram, o filho reornou para desfilar na passarela da existência, uma grife intitulada [estudo], e, solícito o pai lhe pergunta:... - [E agora filho, o que temos nós de novidade?]. De novidade, retruca o filho. [Aprendi o pombês, um dialeto da língua dos pássaros.].

Como conseqüência, o pai o deserdou, e, entrementes, o mandou para fora do convívio da família ante a tristeza crassa e profícua da sua genitora.

Todos os dias, o menino, agora rapaz, caminha o equivalente a trinta ou quarenta quilômetros entre os pedregulhos da vida, os espinhos da existência, as florestas da devassidão da alma, até que chega a um país chamado "Sapatina", o país habitado pelos sapos.

Depois de um breve colóquio os sapos lhe disseram... - [Olha! Nós estamos destinados a ser alimento das serpentes, e, elas as serpentes residem mais à frente em um outro país chamado "Serpentina" . Quando elas têm fome, atravessam a fronteira, e, caçam um de nós para lhes saciar. Entretanto, você pisará em suas cabeças e as matará. Por isso, siga em frente, e, encontrarás a "Canéia", o país onde vivem os cães, solitários, eles necessitam de alguém a quem guardar a casa, e, lamber-lhe as feridas.

O rapaz se foi...

Qunze dias depois, ao chegar à Canéia, foi recebido, festivamente, por nada mais, nada menos do que trinta e oito cães dos um milhão que habitam, por aqui, e, convidado para um churrasco de ossos... - árdua tarefa!

O rapaz estava, ali, já há quase seis meses quando os cães disseram:... -[Retirante Expulso de Casa Viajante Eterno, este o nome do rapaz. Por que você não segue na direção da sol nascente, atravessa o Rio das Garças, o Vale dos Pintassilgos, conversa em passarês, e, adentra à Avelândia, o país das aves? Lá tem duas pombas que necessitam de você?].

O rapaz revolve o vestíbulo dos escaninhos da mente, e, rememora o avês. O rapaz assim o fez... - atravessou o Rio das Garças, o Vale dos Pintassilgos, e, chegando à avelândia é atendido por "Esvoaçante", uma pomba marrom da cor do bronze, e, que, lhe diz:... - [Vês quela colina semelhante a Colina do Esquilinus? Do outro lado dela há duas amigas que necessitam muito de você... - elas moram em uma Igreja.].

O rapaz se foi, e, achando a Igreja entrou. A nuvem e a sombra desceram sobre ele, cada uma pousando em um dos ombros... - nuvem à esquerda e a sombra à direita . Nuvem m ais ousada do que sombra toma o uso da palavra...

Diz ao rapaz:... - [Você é benvindo entre nós; já haviámos ouvido algo sobre a sua pessoa. mas, temos um desafio pela frente, qual seja o de recuper o prestígio de um sacerdote naquela comunidade.

O tempo passou, o rapaz se tornou conhecido, casou-se com sombra, teve como filhos a um casal de pombos, e, viveu feliz para sempre...

Disso tudo, fica-nos a lição, não discrimine a intelectualidade dos outros, não imponha os seus mais crassos desejos e caprichos, não tolha a liberdade de outrem, permitindo-lhes o direito de errar de acertar.

Aceite a sua ignorância, promova a paz, procure entender ao seu semelhante, não julgue, não obrigue ao que não deseja, não tire a identidade do outro ser, ame-o como Cristo amou a todos, e, serás feliz.

É isto aí!

YOSEPH YOMSHYSHY
Enviado por YOSEPH YOMSHYSHY em 17/01/2008
Código do texto: T821034
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