As mil faces
Uma vez ou outra, sentia-se em partes. Como se houvesse fragmentado a alma. Cada um desses pedaços era a exacerbação de um sentimento. Tal grandiosidade havia quando amava e a mesma quando desprezava. Era, talvez, multifacetada. Façanha que traz, ao mesmo tempo, prós e contras.
Quantos já não a desejaram? E quantos já não apontavam à falta do ser normal? Era isso o que significava ser diversa...
O mais espantoso era ver que ao mesmo tempo estava inteira e quebradiça.
Sempre que dividia, cedo ou tarde voltava ao que se convencionava normal.
Questionou-se então, ela, se o normal não seria se quebrar em mil e, mais tarde, estar inteira...
Sabe-se lá!
Mas quem me dera ter dessas mil faces e poder voltar a ser só uma, como nem mesmo a mais fina porcelana pode fazer!