Das garras da vida

É incrível descobrir em todas as coisas o mesmo sentimento. Pensávamos há tempos que éramos seres completamente distintos, mas com o passar dos tempos, percebemos que somos nada mais nada menos que meros fantoches nas mãos do ventricoloso mundo. É perceptível a capacidade de saciarmos nossos desejos de forma limitada, uma vez que devemos nos livrar das garras do passado, trazendo à tona, lembranças de um futuro meramente ilustrado. Percebemos que nossas crenças e culturas modificadas pelo fator temporal, já não têm mais o poder de seduzir e alucinar o povo que nelas crêem, nos forçando a repensar e reinventar novas formas de caráter intelectual para alimentarmos quem sabe uma nova forma de viver pacificamente neste mundo, onde a sua conta bancária fala mais alto que seu valor pessoal. E o seu ego não tem valor algum. Acreditamos cada vez mais no poder da corrupção, num tom jocoso sobre a vida, a veneramos como se fosse mais um empecilho imposto pela embriagues humana. Cada vez mais, fico surpreendido com as coisas ao redor de nós...Cada oportunidade perdida, cada sentimento reprimido, cada bom dia não desejado, vão aumentando em uma bola de neve nossas preocupações para onde iremos ir, quando no fim da estrada, não encontrarmos mais um corrimão, descalços e despreparados, seremos vítimas fáceis para o lobo do mundo ou para o mundo do lobo. Sejamos sensatos uma vez na vida, uma única contribuição para com ela, seremos gratificados eternamente pelo ato de bondade e compaixão. Estejamos livres das cordas do mundo, plantaremos alegria, cultivaremos coragem e um dia quem sabe colheremos esperança. Isso tudo só será possível se nos apoderarmos de um único sentimento, porém o mais valioso de todos...Liberdade.