QUANTOS VUDUS HAVERÃO DE TER EM BRASÍLIA?

Durante toda a semana e provavelmente pelo resto do ano, uma Tsunami de críticas, vinda de todas as mídias, cobrirá o vereador Cláudio Roberto Insaurriaga (PV) de tal forma que, ele e seu legado, possivelmente, fossilizarão nos anais da historia do país, como mais uma aberração insólita da política nacional.

O vereador de Pelotas, popularmente conhecido como Cururu, realizou (devidamente caracterizado de Jesus Cristo), em pleno expediente da câmara municipal, um “exorcismo” para neutralizar os efeitos de um vudu encontrado na casa semana passada, o qual se destinaria aos ilustres membros que a compõem.

O episódio, a priori, foi tomado como irreverência exacerbada por uns, e, por outros, como falta de respeito para com a nobre função de que é investido, o que já lhe custou boatos de uma possível expulsão por decoro parlamentar. Mas, de antemão, e nadando contra a Tsunami, lanço-me aqui em defesa de Cururu, o exorcista.

De tudo já feito nesse país para tentar reajustar a sua classe política, ou melhor, ajustar, vez que ela nunca o fora nos últimos 500 anos, dezenas e mais dezenas de CPI’s instauradas, Comissões disso e daquilo outro, intervenções, renuncias, quebra informações sigilosas de toda natureza, votações atrás de votações, afastamentos, impugnações, etc, etc, etc. Absolutamente nada disso se mostrou eficaz para extirpar, ou no mínimo coibir, atos atentatórios a Constituição Federal, por parte dos parlamentares.

Pergunto-me, inquieto, se não haveria nos porões do Congresso Nacional, assim como ocorreu em Pelotas, um vudu, um trabalho de magia maligna, despacho repleto de entidades bestiais ávidas para encostar-se a nossos benfazejos representantes.

Não seria um desses encostos que teria corrompido Renam Calheiros? Ou um grupo deles a organizar os Anões do Orçamento?! Alem de ACM, Roberto Jefferson e tantos outros que, na verdade, seriam vítimas desses encostos que, geração após geração, vem degenerando a o virtuosismo de alguns de nossos ilustres políticos, contribuindo assim, para a desmoralização da classe política do país.

Pensem no mal que Cururu retirou da Câmara de Pelotas, com sua providencial exorcização, e quantos parlamentares daquela casa foram salvos dos efeitos funestos daquele vudu? E o fez, frise-se, com todo o empenho e dedicação que poderia dedicar àquele ritual. Como eu gostaria que Cururu fosse até o planalto central e descobrisse onde está escondido o vudu que assombra aquela região, e há muito, causa sérios problemas ao país.

Torçamos, cidadãos, para que Cururu, o exorcista Pelotense, sagre-se vitoriosos em sua investida paranormal, para que futuramente, quem sabe, num mandato de Deputado Federal ou Senador, possa ele combater as poderosas entidades que imolam à dignidade de nossos congressistas ( e com certeza não são poucos), pois diante do que estamos vivendo, essa é nossa última esperança para que o Brasil deixe de ser um dos países mais corruptos do mundo.

[rh.23.01.08.14:17]

Ricardo Henrique
Enviado por Ricardo Henrique em 24/01/2008
Código do texto: T830530