TEORIA DA SORTE

Quem de nós não quer saber com certeza de onde vem a sorte. Algumas pessoas dizem que não tem sorte, eis que nunca ganharam nada na vida e tudo que conseguiram foi alcançado pelo próprio esforço e pelo trabalho. Outros, porém – numa pequena parcela – julgam-se pessoas de sorte e não raras vezes já foram sorteados em algum jogo, seja; bingo, roleta, carteado, jogo do bicho, loteria federal, enfim, qualquer jogo que exija a chamada sorte para poder alcançar o prêmio tão desejado.

Quem de nós também não arrisca um joguinho esporádico na Mega-Sena quando está acumulada, para quem sabe num lance de sorte, virar milionário de uma hora para outra. Trata-se de um fenômeno de natureza humada, pois todos nós temos em nosso íntimo a chamada esperança que se constitui num elemento que nos dá força para encarar o futuro, já que este a Deus pertence.

Evidente que a sorte se traduz num dos fenômenos deixados por nosso Criador como forma de mistério, para que o homem possa armazenar em seu interior todas as forças que o conduzem às incógnitas do viver, pois como qualquer pessoa pode morrer num momento inesperado, a sorte também pode vir num momento qualquer. Essas forças ocultas permeiam nosso existência desde quando surgiu a primeira pessoa humana sobre a terra, pois conta a história bíblica que Adão e Eva comeram a maçã mesma com os conselhos que indicavam para não comê-la, porque tinham desejos que não poderiam ser diagnosticado a longo prazo; necessitavam apenas relacionar-se no dia-a-dia como seres humanos e assim foi feito. Se ao invés da maçã fosse lhe oferecido um bilhete que poderia ser premiado, mas com o conselho de que não abrissem o invólucro que lacrava e escondia os números sorteados, certamente, que eles também descumpririam a ordem Divina e abririam o lacre com o grande desejo de serem premiados com uma bolada que lhes oferecesse mais condições de sobrevivência no Jardim do Édem, já que estavam expostos às intempéries do tempo e também sob o perigo da convivência com a fome de outros seres, que poderiam torná-los presas fáceis.

Assim, são as necessidades e também o desejo de se conquistar os bens de consumo que hoje se constituem em chamariscos intrínsecos da natureza humana, pois quem passa calor quer se ver livre desse incômodo e por isso aspira possuir um aparelho de ar condicionado. Quem não pode comprá-lo recorre à esperança de poder ganhá-lo num sorteio um qualquer coisa do gênero.

Dentro dessa ótica, sempre haverá alguém arriscando a sorte num jogo para poder alcançar o objeto do desejo. Mas, como explicar esse fenômeno que parece ser acompanhante de poucos e deixa uma maioria absoluta na 'lona' da amargura?

A partir daí surgem as diversas teorias, que não são objetos de estudos por cientistas porque o muito que estes irão alcançar é as grandes probabilidades, mas jamais a certeza. Eu, particularmente, uso o jogo da probabilidade e o vínculo do destino. O primeiro é objetivo e o segundo subjetivo. Explico: A probabilidade é uma equação matemática relacionada com números. Ora, quem mais joga tem maior possibilidade de ganhar, isso é uma realidade e não pode ser esquecida por quem um dia deseja ser sorteado em algum jogo. Ocorre que jungida a essa questão objetiva, deve haver uma outra - a mais cruel - para se alcançar um resultado positivo. Mas se a outra é subjetiva e está ligada ao destino, como fazer para chegar a ela e ser um ser diferente? Evidente que não seria eu a responder essa pergunta, mas posso ajudar com minha teoria.

Penso que cada um de nós, como filhos de um mesmo criador, temos as mesmas oportunidades; a primeira delas é a de nascer; depois disso temos a oportunidade de aprender; depois é de executar o que aprendemos; e por último é de alcançarmos resultados com o que aprendemos. Tudo isso se define numa única lógica: temos o poder de livre arbítrio e cada um de nós escolhemos o que queremos para nós mesmos, cada um enfrentando o meio em que vive; para uns com maiores dificuldades, para outros, com menos.

Mas você está se perguntando, o que isso tem a ver com a sorte? Ocorre que pela minha visão sobre a sorte é o mesmo que o dogma da subsistência pois nós temos de persegui-la, porque Deus nos deu a todos a oportunidade de um dia alcançá-la, mas jamais iremos vê-la se o dia em que nos foi reservado para consumá-la nós estamos dormindo e não tomamos a iniciativa para poder chegar a ela. Essa questão também está ligada ao mérito da pessoa, que nada terá a perde se agir corretamente pois se não ganhar nada o resultado também será alcançado pelo trabalho e pelo esforço próprio.

Assim a sorte é o mesmo que a esperança; todos temos, mais ninguém sabe quando o nosso desejo poderá ser alcançado. Quando temos alguém doente na família, a nossa esperança é que essa pessoa alcance a cura, porém, esse resultado depende de vários fatores, além dos desígnios da própria pessoa. Assim campeia a nossa sorte, temos de persegui-la e sempre que pudermos, ou tivermos uns trocados nos bolsos, ao invés de gastá-los chupando um picolé, é mais interessante fazermos uma fezinha.

Fórmula mágica ninguém tem e se você esperou na minha teoria tão comum um resultado mais eficaz para ganhar na Mega Sena enganou-se, porque se tivesse já estaria milionário, mas quem sabe você não vai agora até a lotérica mais próxima e faz um joguinho, esperando que esta semana seja a sua vez designada pelo nosso Criador? Bola pra frente; assim que se joga e a assim que se ganha... O resto não pertence a nenhum de nós!!! Mas atenção! Se ganhar não esqueça de quem lhe deu este conselho....

Um abraço e boa sorte!.

Machadinho
Enviado por Machadinho em 30/01/2008
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