A prisão dos Ferros de Passar Roupas.

O sol do meio dia estava escaldante,o ar condicionado do escritorio,não gelava tanto como há uns anos atrás.Seria falta de manutenção?

__Não, era o calor que estava demais__falava baixinho para si mesma.

Mas só,faltava três dias,para ela e sua amiga Suzana embarcarem no luxuoso transatlântico italiano rumo ao "Cruzeiro" tão sonhado.

As malas já estavam prontas há varios dias,cada vez que as abria lembrava que estava faltando alguma coisa e lá iam entupindo mais. Se continuassem assim teriam que comprar mais uma mala.

Suzana não párava de ligar a cada hora querendo saber o que ela estava fazendo o que estava levando.

O manual de bordo e as passagens já nem precisavam pegá-las para ler pois sabiam de cór e salteado.

Sairiam do Rio,sexta à noite e amanheceriam em Buzios,dia livre para desembarcarem e curtirem as praias.

À noite zarpariam rumo a Ilheus,depois Salvador,enfim todo o litoral

brasileiro.

Ficou uma fortuna esse cruzeiro,mas era o tão sonhado sonho que estava se realizando agora aos cinquenta anos.Suzana era bem mais jovem.companheira de trabalho,também estava afrissorada por fazer essa viajem.

Enfim o grande dia, no Pier da Praça Mauá,lá estava ele Majestoso,lindo luxuoso,era inacreditável!

Foram recebidas à bordo com toda a pompa que só o dinheiro pode comprar.

A cabine era dupla muita bonita,o banheiro todo espelhado,elas não acreditavam no que estavam vendo.

À primeira noite um jantar de gala com música ao vivo,um cantor famoso,acompanhado de uma belissima orquestra cantou até o amanhecer do dia.

Elas nem quiseram ir dormir se sentaram na beira da piscina para ver os primeiros raios de sol nascendo no horizonte do Atlântico.

Não resistiram o cansaço,e já estavam cochilando quando um membro da tripulação, pediu que elas se retirassem para suas cabines.

Ao chegarem tomaram uma boa ducha,vestiram seus roupões e dormiram até meio dia.

O café da manhã perderam,mas não tinha importância havia muita fruta.

O sol estava lindissimo em Buzios,resolveram que não desceriam,foram curtir a piscina,o Shoping e todas as belezas que o Transatlântico tinha para oferecer.

Retornaram à cabine e em cima da pia varios souvenir de Xampu,cremes hidrantante,desodorante tudo italiano chiquerrímo.

Suzana disse:

Ah! eu não vou usar isso vou guardar de lembrança, e Marina concordou com a ideia e assim fizeram.Durante quinze dias de viajem guardaram tudo.

No regulamento de bordo dizia que era terminantemente proibido o uso de ferro eletrico,se fosse encontrado com o passageiro,fora de sua bagagem poderia dar multa ou até apreensão do dito cujo.

E elas levaram sem saber uma da outra cada uma o seu ferro. E agora o que fazer?

E se uma dessas camareiras fossem mexer em suas bagagens e encontrassem os ferros?__Meu Deus,que vergonha! que pagação de mico.

Tiveram uma ideia! guardar os ferros no cofre da cabine,Isso mesmo,lá elas já estavam guardando,os xampoos e os cremes.

E assim fizeram,ficaram tranquilas e continuaram a curtir cada dia,cada noite.Era tudo muito lindo romântico.

Mas tudo que é maravilhoso também acaba um dia e a viajem foi chegando ao final repletas de emoções, fotos, de lembrancinhas,de flertes.

Da cabine do comandante a Saudação de despedida seria a última noite à bordo, Senhores passageiros tivemos imenso prazer de ter passado com vocês esses quinze dias pedimos que todos estejam com suas bagagens prontas nas portas das cabines para serem desmbarcadas,por volta de dez horas da manhã.Os passageiros só desceriam com a bagagem de mão,

Avoz do comandante fez com que elas sentissem mais saudades da viajem que findava.

Mas de repente ! se lembraram que os souvenirs e os ferros de passar estavam presos dentro do cofre.

Suzana falou:__Calma amiga,temos aberto o cofre todos os dias,não se preocupe vai dar tudo certo!

Mas qual a porta do cofre não abria de jeito nenhum,e agora o que fazer.

Deixar tudo para trás,ah! essa não.

Suzana então foi atrás de uma camarareira que passou a informação para outro funcionário da empresa.

E lá se formou o maior rebu,pois ninguém conseguia abrir o tal cofre.

Elas já estavam deseperadas,envergonhadas da trabalheira que estavam dando e cochichavam se não seria melhor não abrir aquele maldito cofre e deixar os dois ferro presos ali para sempre.

Já estavam até conformadas,quando que de repente chega o comandante com uma penca de chaves e diz:

__O que está acontecendo?

Alguém relata o ocorrido e ele tranquilamente abre o cofre libertando os dois ferros e todos os souvenir.

Que alivio!

Que vergonha! que pagação de mico.

Foram as últimas a descerem do transatlânticos,aplaudidas por toda a tripulação que ficou em pé na porta de saida do navio a espera das duas retardatárias.

Aline Sierra
Enviado por Aline Sierra em 17/02/2008
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