Eles se vão...


De repente os sons são outros.
Já não escuto o martelo, o som da vassoura, as boas risadas.
De repente a vida volta à rotina.
Já não tenho a refeição cheirosa, o bom dia e o boa noite.
Tudo volta ao normal.
Os problemas pessoais continuam intactos.
A casa modificada pelo carinho do zelo.
De repente tudo é a mesma coisa.
A noitinha, o olhar para o céu a procura da lua.
Já não tenho companhia para um jogo de cartas.
Tenho que voltar a cuidar de alguns detalhes por algum tempo delegados.
De repente a solidão do estar por minha conta novamente.
Sorrir, chorar, e cantar...sozinha.
Apenas eu comigo.
É o baile da vida...
Os momentos marcantes de alguns dias que não serão esquecidos.
De repente eles se vão!
Abraçar outros abraços...
Cuidar de outros afetos...
Choro o choro do amor.
Da saudade antecipada
De repente eles se vão...
Voltarão, sei!
Terão meu agrado, reconhecimento e o aconchego do meu lar

(para mana e César)