Amargura
 
Encanta meu pensamento em seu louvor
Meu riso derrama meu pranto
A desventura do amor mal amado
Do beijo adocicado e perverso
Desesperadamente te busco nos meus versos
Digo e não sou ouvida
Falo e não sou sentida
Sofro a desventura dos amantes solitários
Não tenho seu alento
Nem tento!
Por toda minha vida quis tê-lo
Você não conseguiu sê-lo
Não sou importante
Nem sou o que nem cheguei a ser
Olho meus sonhos jogados, maltratados
Tudo no chão
Maltrapilha de amor junto meus cacos
Fiz o que pude, não deu...
Guardo momentos
O tanto que te amei
Ficou o silêncio
O vazio
O desejo não saciado
A vontade de viver novos momentos
O som dos sussurros no momento do amor
Dos gemidos no momento do gozo
Da delícia do olhar de cumplicidade
Ferida, vi tudo mudar
Joguei fora minha paz e minhas verdades
E me permito sofrer o amor não compartilhado.