Receita para sucesso literário

Se eu realmente tivesse sonhos megalomaníacos como diz meu esposo, eu acreditaria que um livro escrito por uma nortista poderia ser prestigiado em âmbito nacional...(ah! gente, é claro que não). E os críticos e positivistas de plantão não venham dizer que: -Ah! Nada substitui o talento", pois todos nós sabemos que há muitos "atributos" entre o ser desconhecido e se ter fama do que julga a nossa ingênua cabeçinha, que não deveria mais que substitui o talento.

Claro que seria injusto não citar os nomes de poetas e escritores do norte do país, em exemplo é Thiago de melo e Anibal beça que é o nosso atual secretário de cultura...mas a realidade é essa, um nortista fazer sucesso nacionalmente é bem pouco provável, não que esse é o objetivo deles, como de todos os poetas e escritores em geral, pois se fosse, já teriam mudado de profissão a muito tempo, como muitos fazem, a maioria escreve por amor à arte.

Tire pelas celebridades, quantas são nortistas, os da tv eu só lembro: Malvino Salvador, Marcelo Antony e Dira Paes e no mundo da música a Fafá de Belém e a banda Calypso (poderia ter pulado essa parte...risos), mas e no mundo literário...o único nome que lembro é do Marcio Souza que escreveu o livro que resultou na minissérie Amazônia que por sinal deixou os manauaras muito chateados com a Rede Plin Plin, fizeram um monte de cenas aqui, pararam o Largo São sebastião, usaram o Teatro Amazonas e na subida das letrinhas com os agradecimentos...nem lembraram da gente....só do Acre....(é ficamos com ciumezinho sim, mas com razão).

Não tenho sonhos sobre as letras, meus devaneios literários se limitam a escrever e ter alguém pra ler, nem que seja uma forma de dizer "Muito obrigada" por eu ter lido eles também. Sou uma idealista, sempre fui desde pequenina, e por isso dou valor as pequenas coisas como se fossem grandes ideais, e depois que levantei o véu desse mundo das palavras escritas e lidas comecei a boicotar os "livros sensações do momento" , "as trilogias" e os "auto-ajuda água com acúcar" , que na minha opinião são totalmente manipulados pelo mercado literário, essencialmente comerciais e restritos ao "gosto popular", por isso passei a dá valor ao desconhecido.

Dizer que não me sinto desprevilegiada por ser nortista se fosse lançar um livro, estaria mentindo...é claro que me sinto. Mas, como não penso em lançar livros e como amo a minha terrinha de paixão, eu prefiro ficar por aqui, escrevendo a pseudo-leitores-autores talentosíssimos que lêem os meus textos, mesmo sabendo que sou uma Manauara por vezes pretenciosa, mas ainda desconhecida que prefere o talento e ousadia à fama restrita e comprometida.