Ano marcado pela perda de meu pai...

Era início de 2007, o ano iniciou, normalmente, com muitas destes e até Reveillon na praia, porém, sentia-se algo estranho e pesado no ar. Os problemas eram tantos que até esquecemos de notar, o clima de nossa querida Belém, onde as chuvas são constantes no início do ano.

Em abril deste ano meu pai completara setenta anos, juntamente com meu filho que fizera vinte e dois. Apesar de ser um homem forte fisicamente, eu sentia meu pai mentalmente cansado, seu trabalho ao longo da vida lhe exigiu muito intelectualmente. Refiro-me a um cansaço ou estresse que o deixava meio largado e entregue a uma monotonia que jamais se parecia com a vida ativa que tivera.

Ótimo pai e marido, excelente administrados de seus negócios, ser humano possuidor de um caráter exemplar, popular sem ser vulgar, onde passava fazia amigos.

Deixou-me transparecer várias vezes insatisfação com meu casamento, amava demais os netos, em especial Diego e Dayane, esta filha de minha irmã.

Naquele ano meu pai estava desmotivado, sempre cabisbaixo e com frases pessimistas nos lábios, eu não queria tentar adivinhar o que aconteceria, pois, me machucava muito, mas sentia que era o fim. Até gora não sei o que me fez resistir ao impacto da morte de papai, tenho certeza que foi a força espiritual que recebo de DEUS.

Em junho daquele ano ele fez uma viagem à sua terra natal, foi ao casamento da neta Dayane, tudo correu bem, no final do mês quando chegou desta viagem, inclaussurou-se de tal modo que só saiu para o hospital, onde passou quatro dias, sua doença fora um curto período, dez dias, dos quais seis em casa. Faleceu na UTI, poucos minutos depois de minha mãe e eu fazermos à visita. Ainda me recordo o nome do médico de plantão Dr. Jucyland muito agradável por sinal.

Ainda é doloroso, tem apenas sete meses, que tudo ocorreu,compreendemos que tinha que ser assim, havia muitos fatos a serem resolvidos e parecia que um fato atrapalhava ou prendia o outro, sempre parecia que não havia saída, ele sempre dizia que tudo ia se arranjar no momento certo, depois de sua partida os fatos fora se desenrolando feito um novelo de fio, tudo foi se encaixando. As saudades são muitas, o fardo é muito pesado para mim devido aos compromissos que adquiri, principalmente com minha mãe. Hoje sei que quem tem um bom pai tem tudo, e ele continua me ajudando até agora, sei que está por perto sempre me orientando e um dia nos encontraremos na morada eterna.

fatos reais.

Patrícia P Ventura
Enviado por Patrícia P Ventura em 02/03/2008
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