Todo dia é dia de Mulher

Convencionou-se que o dia 08 de março deveria ser consagrado às mulheres, e aí eu me pergunto: Porquê somente o dia oito de março? E os outros dias do ano, como é que fica?

Foi tentando responder estas perguntas que o meu ‘sub’ ponderou comigo algumas premissas, simplórias, é verdade, senão vejamos:

01 - O homem ao nascer é um dos animais mais indefesos da natureza, logo, necessita da constante vigilância dos pais, principalmente da mãe, mulher, portanto.

02 – Nos primórdios da civilização era impossível sobreviver sem os eternos cuidados da mãe, logo, devemos a sobrevivência da espécie à mãe, mulher, portanto.

03 – Na infância somos imagem e semelhança da mãe, mulher, portanto. Zelosa ou displicente, é imprescindível a presença da mulher em noventa e nove por cento e um pouco mais para a formação do nosso espírito.

04 – Na adolescência, em determinado momento, passamos a olhar aquela menina de pernas finas e joelhos protuberantes de forma diferenciada. Não a vemos mais como uma presença incômoda e sim de forma prazerosa. Sentimos um formigamento em todo o nosso ser.

05 – A lua não é mais um mero astro do firmamento. A lua inspira o mais nobre sentimento, o amor pela mulher desejada. A languidez, a saudade da menina-mulher que a até pouco tempo sua simples presença era motivo de desconforto, passa a ser constante. A mulher, portanto, desperta no homem o sentido para a vida. Tornamo-nos poeta, senão com a pena na mão, o fazemos com o olhar as mais belas odes para o amor, para a mulher, portanto.

É... ‘sub’. Você tem razão. A mulher não merece somente um dia, merece todos os dias do resto de nossas vidas. Elas são, guerreiras, namoradas, amantes, companheiras, mães e seres humanos que amam, odeiam, riem, choram, enfim, são gente que lutam por um lugar ao sol, abnegadas.

Seria impossível enumerar as mulheres que marcaram a história, no entanto o ‘sub’ lembra-me o nome de algumas:

a) Maria, mãe de todos os cristãos. A mais Maria de todas as Marias.

b) Penélope, a mais fiel de todas as fieis.

c) Diana, a mais guerreira de todas as guerreiras.

d) Julieta, símbolo do amor incondicional.

e) Amélia, símbolo do conformismo. “...Meu bem, o que há de se fazer....?”

f) Golda Meyer, alicerce da independência, da resitência de um povo.

g) Madre Teresa de Calcutá, amor ao extremo pelos desvalidos.

h) Ângela Diniz, precursora da mulher despojada, e brasileira.

i) Cora Coralina, o poema personificado, e brasileira.

j) A Loba, de Rômulo e Remo. Símbolo de uma nação, de uma era. Da fertilidade.

k) As mulheres de Vinícius de Moraes. Tantas e tão diversas.

l) As mulheres de Chico Buarque. Geni, que recebia insultos e devolvia dignidade.

m) As mulheres de Jorge Amado. Gabriela, sensualidade tupiniquim. Santa Bárbara, a justiceira.

São tantas e tão variadas, têm tantas personalidades, tantas qualidades e defeitos, tão amadas e tão odiadas, recebem tantas gentilezas e tão odiosos maltratos.

Por fim, não custa lembrar que o homem, na sua soberba, na sua condição de alpha, esquece que Deus primeiro fez um esboço, o homem, e depois fez a Sua obra-prima, a MULHER.

“MULHERES DO MEU BRASIL VARONIL, VOCÊS SÃO A RAZÃO DA NOSSA VIDA. PARABÉNS POR TODOS OS DIAS DE SUAS EXISTÊNCIAS”

Em tempo: Gostaria muito de ser poeta para com a alquimia das palavras sincopadas transmutar em versos a minha eterna admiração por este ser iluminado, MULHER.