MULHER

Gn 1, 27 “E Deus criou o homem à sua imagem; à imagem de Deus Ele o criou; e os criou homem e mulher.”.

Celebramos no dia oito de março, o dia internacional da mulher.

Eu já tenho mais de quarenta anos e até agora não entendi direito o porquê do medo que há entre o homem para com a mulher.

Um precisa do outro, foram feitos um para o outro. Mas mais competem do que somam.

A maioria dos homens, em pleno XXI, ainda não consegue conviver com as mulheres. Eles as procuram mais para satisfazer as carências do que para formar um único referencial de identidade. Ou seja, ser um para o outro.

A Sagrada Escritura fala da mulher no singular 709 vezes. E a maioria delas, falando da mulher como algo negativo, ruim, que trás problemas. E 346 vezes no plural. Sempre a mulher sendo submissa.

Quando lemos outras literaturas, não é diferente a situação da mulher ao longo da história. Salva as exceções em que a mulher foi heroína nas suas ações. Tais como: Rut, Raquel, Isabel, Maria, Madre Tereza, dona Maria, dona Benedita, Dona Antônia, Uyná Yanomani...

Mas o medo dos homens com respeito às mulheres levou a humanidade a criar a Convenção para a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra a Mulher - Aprovada em 1979 e em vigor desde 1981, é a primeira convenção internacional a proibir a discriminação contra as mulheres e a obrigar os governos a adotar ações para assegurar e garantir a igualdade sexual.

De acordo com a Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher, de 1994, a violência contra a mulher é definida como "qualquer ação ou conduta baseada no gênero que cause morte, dano ou sofrimento físico, sexual ou psicológico à mulher, tanto no âmbito público como no privado". A violência doméstica, ou intrafamiliar, é a principal razão da violência contra a mulher, segundo o Fundo das Nações Unidas para o Desenvolvimento da Mulher (Unifem). Isso porque ainda há homens que têm vergonha de lavar a louça, a roupa, arrumarem a casa, dar comida e banho nos filhos (as)... Enquanto a mulher trabalha.

No Brasil, a Constituição de 1988 traz um grande avanço no campo dos direitos da mulher. Em relação ao trabalho, proíbe a diferença de salários, de exercício de funções e de critério de admissão por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil, o que ainda é só teoria. O capítulo que trata da família destaca que os direitos e deveres devem ser exercidos igualmente pelo homem e pela mulher. A Constituição também estabelece que o Estado deva criar mecanismos para impedir a violência doméstica e proporcionar recursos educacionais e científicos para o exercício do direito do planejamento familiar, que é de livre decisão do casal. Também obriga os partidos a apresentar uma cota mínima de 30% de mulheres na lista dos candidatos. O país é apontado como exemplo positivo por causa da criação das Delegacias da Mulher, instaladas a partir de 1985.

Na América Latina e no Caribe, de acordo com dados de 1999 do Unifem, de 25% a 50% das mulheres são vítimas de violência doméstica, 33% sofrem abuso sexual entre os 16 e os 49 anos e cerca de 45% são objetos de ameaça ou insulto. Na maior parte dos casos, o agressor é o marido, ex-marido ou companheiro da vítima. A violência contra as mulheres presidiárias é outra violação de direitos praticada no país, segundo relatório da Anistia Internacional, que também relata casos de estupros e restrições às mulheres grávidas ou doentes.

Tudo isso porque os homens não aprenderam a conviver com elas. Elas são fortes, corajosas, racionais e emocionais ao mesmo tempo, dão conta de viverem sozinhas... E elas querem apenas ser iguais, ter os mesmos direitos e deveres. E isso para os homens que não entendem o processo da criação, é um problema sério. Então começam agir por meios mesquinhos chegando a usar a força e quanto mais eles caminham por estes trilhos mais fracos se mostram.

Se houvesse amor de verdade entre os sexos, não haveria necessidade do dia internacional da mulher, nem as conferencias internacionais para defenderem os seus valores. E sim o dia internacional da humanidade, ou melhor, o dia do kwsmoi.

É isso!

Acácio