Corinthiano, hein ?

O futebol através dos tempos tem suscitado causos e mais causos, muitos dos quais chegam a extrapolar os limites do imaginário. O Sport Club Corinthians Paulista, por ser um dos clubes brasileiros com maior torcida, sempre nos tem proporcionado causos dos mais inusitados, como o enfocado aqui, que dado a espontaneidade do mesmo, mereceria ser contado em livros. É um caso verídico que certamente, a partir de agora, constará nos anais da história do clube.

Antes de entrarmos no mérito do mesmo, devemos esclarecer que quando esse caso ocorreu, o Corinthians daquela época, 1.977, contava com uma equipe bem

homogênea, com jogadores astuciosos e brilhantes, como é o caso do jogador, Romeu Cambalhota, que era um show à parte, pois além de habilidoso, gostava de fazer suas firulas, dando piruetas extraordinárias, sempre inventando em cima de seus adversários. Quem não se lembra do grande capitão do timão, o inesquecível, Zé Maria, um participante ativo da Democracia Corinthiana? Cada jogador do time daquela época, tinha uma particularidade a mais, como é o caso do lateral Wladimir, exemplo de competência e amor à camisa. Em suma todos eles, sem exceção, jogavam com uma só determinação, vencer, vencer e vencer. Tinha ainda, o Geraldão, matador nato; o goleiro, Tobias, o Moisés; o Vaguinho; o Ruço; o Ademir; o Basílio; o Palhinha e o Luciano. Embora contasse com excelentes craques, no dia 21 de setembro de 1.977, o Corinthians perdera para o Guarani por l à 0 , sendo que esse resultado foi o vetor principal para que acontecesse na cidade de Jataí, no sudoeste de Goiás, um dos causos mais curiosos envolvendo o time do Parque São Jorge.

Tudo acontecera quando o senhor, Faridh Jajah, respeitadíssimo cidadão, descendente de importante família sírio-libanesa, que inclusive ainda reside por lá, estava ouvindo em seu radinho de pilha os comentários finais daquela partida em que o seu timão havia perdido para o Guarani, quando surge um rapaz, o Batatão, gozador nato e diz ao Faridh:

- Seu Coringão não está mesmo com nada, não é? Perdeu para o Guarani de 1 à 0 e certamente irá perder também os próximos jogos. O Faridh que já estava de saco cheio com a gozação daquela pessoa, meteu a mão na cintura e sacou de um revólver calibre 38 e descanhotando o tambor do mesmo, disse:

- Meu Corinthians perdeu lá no gramado, mas aqui ele ganha de 6 à 0. Ganha ou não ganha?

Amarú Inti Levoselo
Enviado por Amarú Inti Levoselo em 11/03/2008
Código do texto: T897242
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