SOZINHO

Eu descobrí que estava sozinho quando ao meu lado não te encontrei.

O meu mundo desmoronou de vêz, a minha fôrça se desfêz.

Eu sentí uma dôr no meu peito, machucando a alma.

Eu não esperava que você fizesse o que me fêz.

Agora eu procuro me defender, mas tudo parece uma loucura.

É como se eu estivesse tentando sair da própria sepultura.

Você me deixou arrasado, eu não encontro a saída.

Eu não sei mais o que fazer da minha vida.

Dói saber que tudo acabou, e só as lembranças viverão.

Eu me enganei, errei, e não obtive o teu perdão.

Fui teu amigo quantas vêzes você precisou.

Fui amante, fui um brinquedo que você usou e desprezou.

Hoje, acompanhado com a solidão, eu tento te compreender.

Refletí, analisei bem e cheguei à única conclusão.

Você apenas não quis me querer.

Você não quis um verdadeiro amor no seu coração.

Sozinho, eu vou seguir caminhando por muito tempo.

Aproveitar a vida, e tentar te esquecer.

Vái ficar comigo a lembrança dos nossos bons momentos.

Sozinho eu vou viver a vida, sofrendo por ainda amar você.

Manaus, 16 de agosto de 1992.

Marcos Antônio Costa da Silva