Quando a escola exclui
 
 
Cena comum, quase que corriqueira.
Os pais sem saber onde colocar os filhos.
Foram “expulsos” da escola.
É uma rotina, bater de porta em porta e ouvir um sonoro “não há vaga”.
Naturalmente que logo após uma olhadinha no histórico escolar do jovem.
É assim que funcionam nossas escolas e toda a rede de ensino.
Todos camuflam a situação e as conseqüências são desastrosas.
Jovens nas ruas, desocupados, fazendo uso de drogas, jogando, matando.
O que fazer?
A palavra chave para isso é “competência”.
As escolas hoje não estão preparadas para trabalhar essas questões.
Os jovens adaptam-se à escola se forem “normais” e naturalmente corresponderem de forma satisfatória ao nível de exigência da mesma.
Fácil, não?
Trabalhar com jovens que respondem satisfatoriamente aos desafios da escola é o máximo!
Mesmo assim, a qualidade do ensino quase sempre é horrível e os alunos mal sabem ler e escrever.
Interpretar?
O que é isso?
Pois é essa a nossa infeliz realidade.
A situação torna-se mais grave nas escolas públicas.
Nas particulares, os donos das escolas ainda tentam de todas as formas a manutenção dos jovens “desajustados” ao sistema, por que sem a mensalidade paga por eles a escola não sobrevive.
Qual seria então a tal competência que as escolas deveriam ter?
Simples.
Muito, muito simples.
A formação dos professores.
E não me refiro a cursos de pós graduação, curso superior e outros mais.
Mas de uma mudança radical nas aulas.
È assim que devemos formar professores.
Ajustados ao nosso tempo
A escola não acompanhou o mundo.
Parou no tempo.
Por que a escola tem que ser um lugar de prazer.
As aulas interessantes, o acesso à informação uma regra.
Numa tempestade de informações, de todos os lados, internet, televisor, celulares e não sei mais o que, as aulas continuam lá... no cuspe e giz...
O assunto a ser estudado? 
Ah! Segue um programa de ensino obsoleto, arcaico, do tempo dos nossos avós.
Fala-se em inclusão na mídia o tempo todo.
Gosto disso pois pelo menos é um despertar.
Ao menos tem-se consciência do fato.
Mas não se chega ao núcleo do problema: a formação dos professores para uma escola do nosso tempo.
Diretores abertos à mudança.
Não adianta oferecer cursos e mais cursos aos professores.
A intervenção tem que ser muito maior.
Repensar a escola como um todo.
Respeitar os jovens.
Trabalhar questões como liberdade, autonomia, auto-responsabilidade com exemplos, não com discursos mentirosos, que não convencem por que não são vivenciados.
Pára Brasil!
Acorda!
Vamos incluir de verdade!
A situação já chega à amoralidade.
Chega!