Engraçado? Não acho!

“Sabe o que eu acho engraçado?”

Bem, foi isso que pensei em perguntar ao sujeito que escreveu a mensagem que recebi em meu e-mail. Mas é impossível chegar até quem escreveu.

Fiquei indignado com o começo da mensagem (e por já conhecer o conteúdo, sequer terminei de lê-la). Já de início, de forma irônica, pergunta: “Não é engraçado como R$ 10,00 parece tão pouco na hora da cerveja e torna-se muito na hora de doar a igreja?”. Bem, parei ai, nesse ponto. Não li mais nada.

Ultimamente tenho recebido muitos e-mails “revoltados” tratando de assuntos religiosos. Esse último, aos meus olhos, muito apelativo. Eu sou cristão e, apesar do pouco conhecimento sobre o assunto, julgo completamente incorreto essa atitude forçosa, apelativa, contida em algumas mensagens. Não creio que adianta falar “incrível como você envia uma piada sem se preocupar, mas quando o assunto é Deus, você sente vergonha” ou então “incrível como 10R$ parece pouco e depois muito...”.

Não sou movido pela sugestão. E acredito que essa forma de tentar chegar até o ponto de comoção e reflexão das pessoas não é eficaz, pois pode até funcionar num primeiro momento, mas o que vale não é uma atitude instantânea e sim a consciência e atitude constantes.

O que é muito mais eficiente do que a força? Será que o “autor” das mensagens que citei já se perguntou isso alguma vez? E como cristão, a resposta que tenho para essa pergunta resume-se em três palavras: “Amor ao próximo”. Nunca tentarei forçar ninguém a tomar a atitude certa, mas se eu puder ajudar com o que sou e com meu afeto, eu o farei. Assim, acredito que o resultado é muito mais interessante, constante, respeitoso e natural. E por mais que hajam pessoas que se aproveitam das outras, a quem tem bons olhos e a cabeça no lugar, sabe reconhecer estes desafortunados.

E tenho dito.