Poeta do perdão

Perdoe-me se te fiz sofrer. Não foi minha intenção. No coração do poeta, não mora inveja, palavras rudes. No coração do poeta, habita tão somente a felicidade. Se às vezes, sofro, não deixo isto transparecer. O que mais me conforta e me dá prazer é ver as pessoas a minha volta com sorriso e felizes. Não acredito no desamor, no ódio, ou qualquer sentimento assemelhado. Sou e faço questão de pregar o amor, na mais pura e singela acepção da palavra. Desculpe-me se disse algo que lhe ofendeu. Minhas mãos trabalham afinadas com minha cabeça, na direção de algo construtivo. Jamais tenciono em fazer o mal. Na interpretação das palavras devemos fazê-lo de forma coerente e fiel, não imaginando nada além do que o autor tentou expressar. Se por acaso quiser viajar, que seja então, por conta de quem está divagando. Não me culpe, por algo que não escrevi. Saiba que a omissão sempre é mais fácil. Toda vez, que tomamos partido fatalmente nos expomos e aí estamos abertos corpo e alma a crítica. Se cometi qualquer pecado foi querendo ajudar. Longe de querer fazer alguém sofrer. Como disse sou poeta. Poeta do coração. Não vendo minha alma. Sou poeta da reflexão. Poeta do perdão. Guarde o que achas errado e desproporcional. Depois de algum tempo, volte a tomar ciência, do que disse ou que deixou de dizer, verás que as palavras utilizadas, com o tempo mudam e por si ensejam outras interpretações.

atanazio mario fernandes Lameira
Enviado por atanazio mario fernandes Lameira em 25/12/2005
Código do texto: T90283