CASAMENTO? POR QUE NÃO?

Outro dia um amigo me perguntou por que eu tinha casado tantas vezes? Na verdade não foram tantas assim... Tive dois casamentos: um durou nove anos o outro vinte. E eu estou num novo relacionamento que já vai pra dois anos. Acho até que meus relacionamentos são muito duradouros.

Nos dias de hoje não dá tempo para sermos infelizes e ficar sofrendo pelo que não está dando certo. Eu entro num relacionamento com o objetivo de ficar eternamente nele, mas o que eu posso fazer se as circunstâncias atuais não permitem ao relacionamento ser eterno.

Eu lembro de minha avó e de todas as pessoas da geração dela. Viviam casamentos eternos que não poderiam ser desfeitos. E, geralmente, eram infelizes. Mulheres separadas eram estigmatizadas e viviam à margem da sociedade. Não poderiam ter casais como amigos porque a outra esposa tinha medo que a amiga desse em cima do seu marido. E o marido, não poderia deixar de cantar a “separada” porque ela era disponível e “desfrutável”.

Graças a Deus tudo isto passou e hoje as pessoas priorizam a felicidade e não estão mais preocupadas com o que os outros pensam, embora ainda exista muita gente tacanha, com pouca cultura e “pobres infelizes” que se julgam no direito de condenar este ou aquele.

Hoje as mulheres trabalham, são independentes, e além disto, muitas vezes são as únicas que sustentam a família e com muita dignidade. O sexo está deixando de ser tabu. As pessoas estão começando a respeitar as diferenças: sejam elas de cor, raça, credo, gênero, etc.

O que temos que aprender é a respeitar o outro em suas decisões e que julgamentos não competem a nós. As circunstâncias, o momento, e a vida são experiências únicas e que somente nós podemos avaliar. Não compete aos outros determinarem qual a forma que nós devemos viver ou até mesmo como viver. E, se nós queremos um mundo melhor, temos que começar a consertá-lo a partir de nós e não pelo quintal do vizinho.

Portanto eu respondo ao meu amigo que fez a pergunta inicial desta narrativa: cada um sabe de si, e casamentos ou relacionamentos cada um decide quantos e com quem deve ter e ser feliz à sua maneira. Não são as outras pessoas que sustentam você. Não são os seus vizinhos, colegas de trabalho, ou conhecidos que vão determinar a sua forma de viver quando você tem personalidade e sabe o que quer da vida. E eu acho que sei o que quero: eu quero ser feliz.

Cada um de nós é um ser único que vive uma experiência única quando vive a sua própria vida. Portanto, penso que o importante é ser responsável, amar a si mesmo intensamente, de uma forma que com esta experiência bem sucedida você saberá amar aos outros sem restrições. Assim estaremos num mundo melhor, onde as pessoas se respeitam e são felizes quando virem pessoas felizes. É... é assim mesmo. A felicidade é algo que contagia. Então deixe-se contagiar por ela e não por outras formas de sentimentos que a sua mesquinhez tentar impor à sua vida.

E o mais importante nisto tudo: ninguém é melhor que ninguém...

MÁRIO FEIJÓ
Enviado por MÁRIO FEIJÓ em 17/03/2008
Reeditado em 12/04/2013
Código do texto: T904224
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