DIAS MELHORES VIRÃO...

Outro dia escrevi sobre as surpresas que a vida proporciona a cada um de nós, e a cada dia são coisas novas – ou renovadas, e mesmo as envelhecidas são boas, pois trazem marcas de experiência. Mas no dia de hoje escrevo sobre o caos que esses dias nos proporcionam.

Dias melhores virão – com toda certeza, mas os que passam ficam marcados, e – nem mesmo o tempo – apaga. Outro dia me peguei pensando na vida: estava sentado na escadaria do meu apartamento. A escadaria aqui do apartamento é bem modesta, em madeira não tão escura, mas bem envernizada – conservada. Além de ser um lugar aconchegante para quem gosta de bons momentos de solidão – e ainda este que moro: fico a maioria do tempo sozinho. E nesses pensamentos me dei conta de que tinha feito uma retrospectiva em minha vida – voltei ao passado (assim como o conto que escrevi do “Mendigo em lua de mel”) – e, nesse passado não tão distante, recordei de coisas que pouco tempo tive para pensar sobre aqueles acontecimentos – relato, alguns, a seguir.

Começando pela minha infância: um garotinho que se sentiu retraído até, mais ou menos, os quinze anos. Motivo: o forte estrabismo que trouxe do ventre de minha mãe – mas, graças a Deus, não morri: aos sete meses de gravidez ela teve uma forte queda de pressão e caiu batendo a barriga e, por conseqüência afetou-me uma das vistas – estrabismo e perca parcial da visão, mas nada que me fez baixar a cabeça depois que descobri que eu valia mais que a minha apresentação – mas mesmo assim fiz uma cirurgia aos quinze para dezesseis anos e foi feita parcialmente a correção do estrabismo. Segui o caminho de quase todos os humanos: arrumei uma namorada – a minha primeira namorada que ficamos juntos quase cinco anos – mas, por traços do destino – não ficamos juntos, mas marcou os restos dos dias da minha existência. Tempos depois: casamento – encantei-me por ela: consegui, mas creio que não a consegui fazê-la encantar por mim e, depois de longos treze anos estamos cada um em um canto – mas desses anos trago muitas coisas boas (as ruins faço questão de esquecer) e, principalmente, meus dois filhos: Júlio César e Fernanda Caroline.

Vale fazer um novo parágrafo para citar que a vida passa rapidamente e na frente dessa tela fria de computador, nas salas de bate-papos, encontrei uma pessoa especial – que merece um texto à parte.

Os dias se seguem em seu curso e eu estou aqui na frente desta tela fria, digitando os meus pensamentos – e ao som de boas músicas sertanejas (outra paixão que trago aqui dentro do peito: uma boa música, independente do ritmo). A vida continua: dias melhores virão, quem sabe – não é mesmo?

Prof. Pece - Pedro César Alves

Madrugada de 18 de Março de 2008

www.professorpece.vai.la

Araçatuba / SP - Brasil.

Prof Pece
Enviado por Prof Pece em 18/03/2008
Código do texto: T905859