Quando é preciso parar


Quando os questionamentos são tantos
E a vida começa e ficar cheia demais
Quando é impossível conciliar sonho com realidade
E os desejos tornam-se muitos
Quando a ansiedade toma conta
E o tempo torna-se curto para tanto a fazer
Quando tudo vira obrigação
E o impulso de vida, tão natural à pessoa, dá sinal de alerta
E vive-se o inferno da confusão mental
Quando a solidão faz-se necessária
E a alma reclama silêncio
Quando tudo é insegurança, tristeza
E o desejo de estar junto confronta-se com o momento vivido
Quando existe a necessidade de aceitação total
E não se sente
Quando o corpo reage às vicissitudes
E o caminhar fica lento
Quando o querer não provoca coragem de ousar
E a experiência vivida torna-se barreira
Quando muito se espera e não se recebe
Então é hora de parar, respeitar
Deixar a vida mostrar o caminho a seguir
Assumir a fragilidade do momento
Respirar fundo, reencontrar-se
E esperar que a vida aconteça
Da forma mais simples e possível
Para então, voltar a viver, sonhar
E, quem sabe, realizar.