Somos Todos Super-Homens ou Super Mulheres?

Realmente o ser humano tem um pouco do Tio Patinhas. Temos algo e sempre queremos mais. Uma casa mais bonita, um carro novo, mais belas roupas, mais dinheiro para completar a quantia que sempre sonhamos alcançar. Esquecemos que já somos muito ricos, sobre vários ângulos.

Certa manhã eu passava pelo Largo do Rosário, em Campinas, quando notei várias pessoas formando um circulo. Então, movido pela curiosidade fui até lá ver do que se tratava.

Justamente em um dia em que eu não estava satisfeito, sem saber com o que. Eu tinha uma boa casa, uma esposa maravilhosa, e um filho com as qualidades da mãe, fazendo faculdade e mostrando que o seu caminho nos estudos seria coroado de êxitos. Eu tinha um bom trabalho como maquinista da FEPASA. Se não ganhava uma fortuna, dava muito bem para levar uma vida decente.

Quando me aproximei das pessoas, vi que ali sentado estava um homem fazendo alguma pintura com os pés, visto que ele não tinha os braços perfeitos e ainda lhe faltava uma vista.

Em dado momento ele parou de pintar e disse “eu estou com vergonha de estar aqui pedindo algum auxilio, pois não sou inválido. Mas como não posso fazer outra coisa, dependo da caridade de vocês, por que tenho de ajudar a minha mãe que é velha e doente”.

Depois de dar a ele alguma ajuda, sai dali envergonhado de ter me sentido deprimido naquele dia, e refleti que se aquele homem não se sentia inválido, o que eu era perto dele, com dois braços e pernas perfeitos e olhos muito bons?

Eu era, realmente, um super-homem. Só que como ser humano eu tinha me esquecido de agradecer a Deus por tanta felicidade.