Achei meu recanto
Acredito estar deixando provas para a posteridade que vivi.
Afinal os requisitos para isso são como diz a máxima martiana:
“Plantar uma árvore, ter um filho e escrever um livro”, não necessariamente nessa ordem.
Aos que duvidam devo dizer que plantei e cultivei devotadamente, chegando a conversar com minhas plantinhas.
Elas não viraram árvores frondosas, confesso, mas que se encheram de lindas e perfumadas flores ninguém há de negar.
Quanto aos filhos, posso falar de peito erguido: caprichei.
É fato que demorei um pouco a tomar coragem e gerá-los, mas quando resolvi fazê-los, um de cada sexo, fiz com total esmero e muito, mas muito prazer.
Pari-los foram meus dois momentos de plenitude e graça.
Mas e o livro, hão de me perguntar.
Bem, aí tive que fazer uma pequena adaptação, dado o custo que envolve uma empreitada dessa ordem e tendo em vista os tempos bicudos, que vivemos.
Dispondo dos mais modernos e ágeis recursos, o computador e a Internet, tenho publicado minha obra em blog’s e HP’s, sem grandes malabarismos financeiros.
Agora mais do que nunca sei que achei o endereço certo e posso me intitular uma escrevente.
Não realizada, já que minha natureza humana exige aprendizado constante , digo que, pelo menos, cumpri a tríade imposta aos viventes, tendo orgulho da minha folha corrida.
Quanto ao restante, esperando viver muito, tenho buscado melhorar cada dia como ser humano, sem sonegar amor.