A MARCA DO BESTA

Se você está pensando que eu errei no titulo, talvez tenha razão. Mas, não quis aludir ao titulo conotação religiosa, embora possa lembrar isso. O assunto me ocorreu quando assistia uma partida de futebol pela televisão e deparei com cenas extremamente violentas entre torcedores, entre jogadores, entre dirigentes. Afinal, futebol não é esporte? O que tem a ver com agressão e demonstração de virilidade besta?

Aquelas cenas me deixaram inquieto e até comecei a filosofar algumas palavras intimamente, procurando explicação para essas coisas, que parecem já corriqueiras no meio, não importa que parte do mundo tenhamos como referência.

Parece até mesmo que o grande esporte da rapaziada, nos momentos atuais é a agressão, a violência gratuita. A farra do boi às avessas! No mundo todo há movimentos para acabar com os esportes que agridem a integridade de animais e agora o esporte predileto da turma é a agressão contra seu semelhante.

Se pensarmos grotescamente nessas brigas como esporte, claro não é, teremos que identificar seus praticantes, ou seja, seus atletas. Quem são eles, tem alguma marca que os identifique? Eu tomei a liberdade e a ousadia de denominar esses desportistas de bestas, os verdadeiros que me desculpem a ofensa. A ironia contida neste texto é proposital.

Como entender que pessoas se unam em bandos para atacar covardemente outras, sem nenhum escrúpulo, sem nenhum pudor ou respeito ao próximo?

Podemos até identificar algumas marcas, características do besta que pratica tal aberração. Geralmente, não gostam de escola. Vê se algum gosta de praticar leitura ou praticar o cérebro para desenvolve-lo? Com certeza todos praticam muito o desenvolvimento de massa muscular, pois a força bruta é característica do mascote que bem os representa, a besta. Nada contra o exercício, faz bem à saúde. Se pudermos observar melhor, veremos uma outra característica bem definida, a orelha grande!

Como eu reconheço um besta? Ora, quando ele age e se comporta como uma besta! A besta tem orelha grande! O besta, por ventura, tem orelha pequena?

Vejamos: a orelha grande, por um lado deveria servir para melhor acuidade auditiva, mas pelo seu tamanho exagerado, serve bem para guardar pulgas, carrapatos, ácaros e muita, mas muita sujeira também. Os orelhudos têm acuidade afinada com a falta de educação, venha de onde vier, e, principalmente, com a agressividade e violência. A orelha grande serve bem para o besta identificar à distância os fornecedores mentais das sujeiras que tanto eles gostam. Pela orelha grande e suja entra a maior parte de sua bagagem cultural, tendenciosa para o mal. É como se só identificasse essa conotação nas mensagens que lhe chegam.

O besta tem outras marcas, como andar em bandos, tribos. Aliás, tribo é uma modernidade que dá dó! Creio que a covardia seja o grande motivo desses agrupamentos, pois assim ninguém se identifica ou é identificado. Todos se escondem no bando. Bando lembra bandido, ou quase isso. Sua diversão é agredir qualquer pessoa que passe pela frente. Colocar fogo em mendigos que dormem nas ruas, por extrema necessidade. Atear fogo em índios, idosos e desavisados, que andem pela cidade grande. Espancar e até matar homossexuais ou qualquer um, pelo prazer. Afinal, esse é o esporte!

Sei que se você quiser poderá enumerar um monte de marcas, como essas e até piores. O besta tem suas marcas! Conhecendo essas marcas quem sabe poderemos estar melhor preparados para ficar afastados na hora do coice. O besta sempre dá coices! Isso é certo, pois tem orelhas grandes e muito sujas!

João Carlos da Silva
Enviado por João Carlos da Silva em 02/04/2008
Reeditado em 24/08/2015
Código do texto: T928351
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