VOCÊ SENTE CIÚME?

A linha que separa o amor do ódio é bem tênue, quase imperceptível e assim sendo o ódio é o sentimento mais próximo do amor.

Dizem os entendidos que só somos capazes de odiar a quem um dia muito amamos; e que passamos a odiar no momento em que nos sentimos traídos. Aí sim, tal pessoa estará matando o nosso amor, que, ao morrer se transformará em ódio.

Por outro lado, dizem também que nunca deixamos de amar a quem já amamos...Dizem também que o amor cria raízes profundas.

Quando passamos a odiar alguém, não deixamos de amar... apenas mudamos de lado, simplesmente passamos para o lado do ódio. Tudo muito fácil já que estão ali ombro a ombro.

Essa mudança sempre é definitiva. Não conseguimos suplantar o ódio e voltar a amar quem matou o amor que sentíamos antes.

Pode-se até voltar a viver juntos... mas aquele amor ficou perdido em algum lugar do passado. O ódio surgido expulsa o amor.

Uma coisa que, se não mata, pelo menos arrefece bastante o amor, é a indiferença com que muitas pessoas passam a tratar os consortes, principalmente após muitos anos de convivência.

Essa indiferença por vezes faz com que um dos consortes comece a sentir raiva pelo tratamento que recebe, após tantos anos de vida em comum. Não se deve deixar que a raiva se transforme em ódio. A raiva é passageira, como a paixão. O ódio, pelo contrário, é duradouro, forte, como o amor.

Em termos biológicos, o ciúme é considerado uma emoção adaptativa, desenvolvida durante milhões de anos em simbiose com o amor duradouro. Provavelmente, surgiu como uma defesa primária contra as ameaças de infidelidade e abandono.

Quando um dos pares percebe sinais novos, tipo um perfume diferente, alguma mudança no comportamento sexual, ausência para compromissos, esticadas no horário de trabalho, então a suspeita se desencadeia e nosso mecanismo de defesa começa a se manifestar. Esses sinais nos alertam para a possibilidade de infidelidade.

A sensação do ciúme pode ser dolorosa, mas alerta sobre possíveis ameaças de abandono e traição. Informa quando a indiferença do outro não significa apenas excesso de trabalho ou de estudo. Faz lembrar que a atenção para pequenos sinais não necessariamente revelam paranóia e, ao serem bem detectados, podem evidenciar que a relação está chegando ao fim.

Ninguém consegue ficar indiferente ao amor, à indiferença existe quando alguém não está se sentindo amado.

É a capacidade de amar que nos capacita a sermos grandes pessoas, inclusive, noutros aspectos de nossa existência.

A grandeza, a profundidade de uma pessoa se mede e se dá pelo quanto ela ama. Se ela não ama, o seu inconsciente bloqueia a sua inteligência, a sua liberdade, a sua expressão.

Vive numa constante angústia, medo, insegurança.

Quem não ama, se deprime, sente-se num vazio existencial, falta sentido para viver. A vida perde o colorido, deixa de ser bela...

RONALDO JOSÉ DE ALMEIDA
Enviado por RONALDO JOSÉ DE ALMEIDA em 09/04/2008
Código do texto: T938468
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