CARA METADE

Nesta madrugada de sexta-feira – ainda bem que não é treze, pois se fosse treze eu adoraria: como gosto dos números treze e sete (treze: por eu ser meio ET – todo ET que tem prestígio gosta do número treze; sete: dia em que aportei aqui no planeta Terra) – estou sem sono e recebi um e-mail de uma amiga ET que questionava sobre a nossa ‘cara metade’.

Questionava-me ela em sua carta-email sobre a existência da nossa ‘cara metade’. Particularmente eu não acredito – acredito apenas em afinidades. E tais afinidades nem sempre dão certas. Não vou buscar exemplos longínquos – vou à minha pessoa mesmo: por ser o que sou, por agir como ajo, creio que ‘cara metade’ pra mim foi, é e sempre será complicado – com pouco tempo se vão, quando se imagina ter encontrado. Ultimamente estou mais ‘light’ por estar só – não dependo de muitas pessoas (sei que sou meio individualista – e prefiro ser assim porque ninguém ‘bota banca em minha pessoa’). Por isso a minha convicção em apenas ‘namorar’ – e nada mais! Compromisso sim – mas de longe.

Voltando ao assunto, de minha parte está longe para se concretizar essa tal ‘cara metade’ – prefiro usar afinidades afins – mesmo que em tom repetitivo. Ser a cara metade’ do outro é tão complicado como acertar na loteria. Em milhões de tentativas se acerta uma na loteria – assim é o problema da ‘cara metade’. A vida ensinou-me que afinidades sim, ‘cara metade’ não!

Concordo em gênero, número e grau com a minha amiga ET quando diz que basta apenas uma ‘boa convivência’ – isso é verdade, pois o restante passa a ser conseqüências. Ser ’cara metade’ é assumir compromissos complicados, dividir tarefas complicadas... E o melhor em tudo isso é poder usar a reticência – pois a mesma deixa o pensamento em aberto e cada um pensa como aprouver.

Finalizando, ‘cara metade’ é complicado mesmo: você faltando, ou melhor, doando um espaço de você a outrem... (E vice-versa.) Melhor usar a reticência mesmo. Prefiro ser esse cara complicado a me ver repartido pelo mundo afora! Prefiro seguir assim: apenas companheirismo, apenas trocas necessárias por ambos – e cada um em seu espaço (pois a necessidade faz a troca – nada mais). Digo e assino embaixo: cada um é cada um – e ponto!

Prof. Pece - Pedro César Alves

11/04/2008 – Madrugada.

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Prof Pece
Enviado por Prof Pece em 11/04/2008
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