Uma eventualidade qualquer...

Campina Grande, 18 de junho de 2005, 17:48:

(...)

Dentro de mais um dakeles ênibus ditos "ligeirinhos", em que vc tem que sentar-se de lado porque as poltronas são juntas demais... logo depois do teatro municipal.

O roteiro da cena é o seguinte:

O ônibus pára no sinal e a motorista (sim, é uma mulher) pergunta :

- Vai para o Parque do Povo?

- Não, vou pra minha casa, que é naquela rua ali...

-Ah... Certo.. é que tem muito turista na cidade perdido por essa época...

Dou um sorriso e concordo com a cabeça, só pra preencher o vazio... ela pára o seu auto na parada e eu desço...

Caminho quase que calmamente pela calçada.. o quase se justifica porque eu tô com um salto plataforma de no mínimo uns 10 centímetros, da marca: se você se encostar em mim, eu caio, e com a minha blusa rosa-de-lacinho-que-eu-não-gosto-muito-porque-é-rosa, cheia de graça e faceira, com uma sacola do Hiper Bompreço, com pão-caixa, fósforos, desodorante e 3 sonhos de doce-de-leite.

Eis que do nada... surge um louco, barbeiro, que deveria estar acima da velocidade permitida, devendo perder, se as leis de trânsito fosse efetivas, no mínimo uns três mil pontos na carteira, passa bem pelo meio de um buraco característico da minha cidade, cheio de lama, e me dá um banho dakeles... típico de uma propaganda de sabão em pó famosa...

E o mundo pára....

Olho ao meu redor, rezando numa velocidade de 300.437 km/s pra não ter ninguém por perto... em vão.

Consigo identificar 2 pessoas, uma moça e um rapaz, que olham me olham com um olhar que dá nojo do dó que tiveram de mim... a única coisa que eu consigo idiotamente pronunciar é:

-Que droga!!! Bom, pelo menos eu já tô perto de casa...

Mas eles não eram os únicos...

Tudo bem passar o maior vexame no meio da rua.. mas precisava ser justo em frente à praça de moto-táxi!?

Gabriela Gonçalves
Enviado por Gabriela Gonçalves em 04/01/2006
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