DOR DOS PEQUENINOS

DOR DOS PEQUENINOS

No alto da cruz, estava Jesus; com os pés e as mãos presos ao madeiro; suspenso entre o céu e a terra e, em cada ferida, estavam presentes os pesares dos sofredores que choram as suas dores; Nele está toda a dor humana.

Cada injustiça reabre a ferida e aumenta as dores; o choro de cada criança, clamando por pão, aguça cada espinho, na fronte do crucificado, o lamento das mães, torna mais dolorosa cada chibatada; o desprezo que se dá ao pobre torna mais infamante cada bofetada; as negativas de perdão são como as cuspidas, na face do Servo Sofredor; o preconceito soa, ainda hoje, como zombarias, aos ouvidos do Filho do Homem.

Ontem como hoje, cada ofensa que é dirigida a um dos pequeninos de Deus torna presente, no corpo santo de Jesus de Nazaré e revive as dores e sofrimentos do nosso Mestre e Senhor. Até quando Jesus terá o corpo ferido por espinhos, chicoteado, cuspido e pregado pela indiferença e disfarce dos que deveriam pensar suas feridas e não reabri-las, limpar seu rosto e não sujá-lo, aliviar o peso de sua cruz e não colocar sobre ela mais peso?

Jesus está ressuscitado na glória do Pai, venceu a morte pelo poder de Deus, mas continua morrendo e sem possibilidade de ressurreição, na atitude farisaica, daqueles que dizem crer Nele e, com indiferença, praticam todas as formas de injustiças contra aqueles que serão seus julgadores. Mt 25, 31-46.

É tempo ainda de ressurreição, enquanto houver um fio de vida em cada um, para que Jesus possa ressuscitar na esperança dos seus pequeninos e que se realize a sua palavra: João 10,10 “Eu vim para que todos tenham vida e a tenham em abundância, pois o Filho do Homem veio salvar o que estava perdido”.

JOSE BENEDETTI NETTO

jose benedetti netto
Enviado por jose benedetti netto em 14/04/2008
Código do texto: T944906