MÃE E FILHO

Somos uma sociedade fragmentada e extrativista. 

Nascemos já sendo lesados. 

Desde que nosso país se disse descoberto, em grande comemoração Luso-brasileira, nossos Índios, parte da civilização que guarda concretamente a preservação da nossa história, foi cruelmente desrespeitada e tratada à revelia de seus natos valores - importância excelentes - dentro da memória, da cultura e da raiz originária da espécie patriótica.

Que a Mãe Natureza possa nos perdoar. 

Tão devastada, pelos homens todos que vieram depois, choram em solidariedade ao povo indígena, que insistente e ritualisticamente, vai, quase capengando, tentanto adaptação em um mundo de destruição. 

Seus valores, extraídos genuinamente da terra, do solo onde pisam, das crenças e da fé inabalável: mágica, mística, simples e misteriosa, foram arbitrariamente violados. 

A terra chora e cobra seus direitos. 

O Índio, quase banido, ainda é motivo de gratidão, da minha reverência e inspiração. 

Bendito seja o solo, as águas, os minerais, bendita seja a sua reconstrução! 

Será que temos tempo? 

Será que nos "extrativizamos" a ponto de perder a identidade nacional? 

Parabéns, Índio brasileiro, ofereço a ti, um tapete... de barro, vermelho!

Vera Fracaroli
Enviado por Vera Fracaroli em 17/04/2008
Reeditado em 31/08/2008
Código do texto: T949184
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