BRIGAS DE AMOR E FESTA DE SÃO JORGE

Evaldo da Veiga

É assim o amor...
Briguinhas às vezes, e uma pitada de ciúme
que cai onde o ciúme já estava apimentado.
Aquela tal coisa... um pingo de água
faz transbordar o copo.
Mas tudo bem, isso se resolve.
A solução depende dos dois, é lógico.
Em caso de dois, ninguém resolve sozinho.
A boa política é a do CREU, aquela impulsionada
pelo bom tesão que vai incorporando...
hum... que bom!!!...
Um toque aqui, outro ali, outro lá...
e a briga vai ficando lá fora.

evaldodaveiga@yahoo.com.br



*FESTA DE SÃO JORGE


Evaldo da Veiga

Fui pela manhã e voltei à tarde.
Vê-se, pelo horário, que é uma festa que começa cedo,
bem cedo.Talvez seja o instinto de aclimatação,
integrar-se nas correntes do bem.
Gostei da festa que vai prolongar-se
pela noite a fora e aposto no clima de camaradagem
e a verdadeira alegria rolando, sempre,
até a consciência despertar que amanhã tem batente,
e que esse feriado é restrito à Capital RJ, fruto da fé.
do homem no HOMEM JORGE. Além do que,
quanto mais o povo trabalha, mas gera imposto
que vão para as orgias como mensalão
e outras indecências políticas. Assim, muito nobre
um feriado que faz o povo feliz, festejando um
belo encontro espiritual e humano.
São Jorge, a bem da verdade, já não é Santo, foi cassado
pela Igreja Católica. E foi cassado porque é democrático:
freqüenta a Umbanda, Quimbanda, qualquer Templo.
E assim, a Igreja pensou que não pegava bem: ELE ta lá, e aqui...
Lá é chão; e aqui, fino ornamento, muitos em puro ouro.
Mas estou de passagem, porque não quero
criticar a religião católica e nenhuma outra, porque,
afinal, não gosto de nenhuma delas.
Por tudo que vi e pensei, sinto que o mundo
seria bem melhor sem religião.
Ao longo dos milênios as religiões estimularam matar em nome
de um Deus que, em verdade, só deseja o amor.
Bom mesmo seria estudar respeito, amor, ética,
espírito de doação, verdadeira fraternidade,
desde o jardim da infância, até o final dos cursos superiores.
Religião é atraso para o povo,
que enche os seus líderes de conforto e glória terrena.
Mas e São Jorge? É outro, é gente boa!
Já que foi cassado, é o nosso JORGE e neste o povo confia.
Nunca fez uma sacanagem, não precisa,
pois sua realização é a vitória dos homens no bem.
Retornando a festa de São Jorge que estava uma delicia
de encontro humano, onde pairava verdadeira alegria,
serenidade, confraternização, muita alegria e até batidas 
de tambores, mas com som educado dizendo lindo,
e nada de afetação barata e ridícula.
Festa de Rua, nas proximidades da Igreja de São Jorge,
que de fato, só entra como ponto de referência.
O local para quem não conhece,
fica no final da Rua da Alfândega
e de frente a Praça da República, linda praça
que deve ter entorno de uns 200 mil metros quadrados,
o equivalente a uns 30 campos de futebol.
Mas nem sei por que falar na Praça se o acontecimento
é na Rua de frente a ela.
Talvez seja porque é linda, bem linda,
e a beleza no Rio está sendo mutilada pela violência
que decorrem dos políticos, como todos os males
que assolam o país. Nada que fazem da certo,
porque são péssimos exemplos, e o povo gosta dE
 exemplos edificantes, VIVA SÃO JORGE!!!
Mas, é uma festa que começa cedo
e dá gosto ver como as pessoas capricham no visual:
roupas bonitas em cor vermelha, preponderando
às cores de São Jorge. Alguns, rigorosamente de branco,
até os sapatos; neles, vê-se comedimento e um acerto 
com as energias, tudo muito lindo! veneração positiva,
onde o corpo goza com a alma.

* Texto que publiquei no ano passado.

evaldodaveiga@yahoo.com.br