Presente do dia das Mães

Segundo domingo de maio dia das mães. Essa é uma data comemorada com muita emoção e alegria pelas famílias. Muitas mães preferem passar a manhã na cozinha preparando um gostoso almoço do que ir comemorar nos restaurantes.

Aliás, ela sabe muito bem que cativou o maridão e os filhos com suas belas guloseimas. Talvez, você esteja pensando que isso é coisa de antigamente. Mas, se a “mamãe moderna” não sabe cozinhar, pelo menos ela administra o cardápio do dia-a-dia e principalmente das festas. E os filhos quando seguem seu rumo, estejam onde estiverem sempre irão lembrar do fricassê, do churrasquinho, do gostoso caranguejo da sua casinha.

Nessa data, João sempre tinha um problema. O que presentear sua amada esposa. Sara era uma mãe moderna, elegante e gostava de andar na moda. Não tinha o que reclamar do marido, a não ser o seu grande amor pelos bens matérias. Os presentes que dava a esposa eram de mau gosto. Ou porque não sabia escolher ou porque não queria dispor de seu amado dinheirinho.

Para surpresa de Sara, ele disse que desta vez ela iria comprar com ele o presente do dia das mães. E foram-se para o shopping.

Adentraram numa boutique para ela escolher uma bolsa. Olhou uma, outra, mais outra e para ele todas eram cara demais. Já cansado de entrar em tantas lojas, ele disse:

- Escolha aqui. Eu lhe darei qualquer uma de presente.

Sara se engraçou de uma linda bolsa preta, enorme, coisa da moda. E o que está em moda realmente sempre é mais caro. Não gostando do preço, ele disse:

- Por que não leva essa outra? Mais bonita e chique.

Era uma bolsa de festa. Pequeninha, diferente das que estão se usando agora, mas realmente alinhada e o preço era bom. Combinava mesmo com um lindo sapato que iria usar numa festa de casamento. Mas, insistiu com o marido em comprar a bolsa da moda. Porém, percebendo que daquela toca não sairia coelho, resolveu ficar com a mais barata que ele indicou.

Dia das mães na hora do almoço ele muito contente, abraçou a esposa, e mostrou para todos os presentes o que havia lhe dado.

No dia seguinte, ao se prepararem para a festa de casamento ele disse:

- Meu bem, ponha o meu celular na sua bolsa.

Ela respondeu:

- Amor, eu quero é que você leve o meu no bolso de seu paletó. Minha bolsa é pequena, não cabe.

- Puxa! Então nem o meu cigarro e o isqueiro você vai poder levar?

- Não, nem sei onde leve o batom e o documento do carro. Dá para você por no bolsinho de cima do paletó?

- Nossa! Engordei mais de um quilo com tanto apetrecho nos bolsos.

E certa hora da noite, depois de beber muito, ele pediu. Cadê aquele “engove” que você sempre traz consigo?

- Não trouxe, a bolsa é pequena.

- Não vá me dizer que você também não trouxe aquele lenço maciinho para limpar meus óculos.

- É, também não trouxe.

- Que diabo de bolsa é essa que não cabe nada?

- É aquela que você escolheu.

Maria Dilma Ponte de Brito
Enviado por Maria Dilma Ponte de Brito em 25/04/2008
Reeditado em 12/05/2020
Código do texto: T962216
Classificação de conteúdo: seguro