A Recepção do Leitor

Inicio este texto ,que pretende ser uma crônica -e que me perdoe o especialista Luiz Guerra,se assim não puder ser- ,um tanto surpresa com a receptividade de alguns dos meus textinhos .

Agrada-me sobremaneira ler os comentários dos colegas de Recanto e dos amigos e conhecidos que me vêm ler aqui.Embora nem todos estejam livres de suspeição,a maioria deles é sempre muito generosa comigo,ainda que eu preferisse uma avaliação mais severa.

Pois, acabo de perceber também que alguns dos meus amigos leitores possuem tal capacidade de reconstrução da trajetória do meu próprio pensamento,pela leitura que fazem dos meus textos,a ponto de sentirem-se alvos diretos das minhas palavras.

É bem verdade que tudo o que escrevo diz respeito às paisagens diversas que o meu olhar alcança.Mas, daí a dizer que eu mire um alvo e a ele dirija uma flecha certeira, é ir longe demais!

Pensando melhor, eu até miro mesmo,mas a maioria.

Desejo sempre aproximar-me de muitos,visto ser-me impossível chegar perto de todos.

E procuro fazê-lo com brandura,a mesma que me habita o coração.Não critico,não avalio,nem opino por mero desabafo ou confissão.

Faço-o unicamente, porque não sei olhar sem ver.E não sei ver sem sentir.E sentindo,agrada-me dividir esse olhar com aqueles a quem possa interessar .

A minha Carta ao Aniversariante não era destinada a nenhuma pessoa em particular,exceto àquela,cujo coração pulse em uníssono com o meu.

Zully Oney Teijeiro Pontet
Enviado por Zully Oney Teijeiro Pontet em 09/01/2006
Reeditado em 09/01/2006
Código do texto: T96224