A CANECA DE CAFÉ

Há muitos anos, em Aimorés, MG, Dionísio tinha uma venda, onde era ponto de parada dos garimpeiros que extraiam cristal no Rio Doce.

Certo dia, ele perguntou a um deles se tinha uma pedra boa para um freguês rico.

- Tenho, mas está na pensão.

Após fechar o seu pequeno comércio, Dionísio foi atrás da tal pedra.

A dona da pensão insistiu para ele tomar um cafezinho, que ela acabara de passar.

Sempre muito escrupuloso, o comerciante levou a caneca à boca, viu algo se mexendo e pensou: minha Nossa Senhora do Carmo, é uma barata!!! E jogou o líquido pela janela, sem perceber o olhar atento da mulher.

- Desculpe! O meu café derramou sem querer!

- Não seja por isso. Eu coloco outro para o senhor, agora mesmo.

Anna Célia Dias Curtinhas.