O VENTO MUDOU DE RUMO

Vivíamos entre o céu e o paraíso, a felicidade era constante.

Eu tirava do infinito uma estrêla e te dava de presente.

O amor aumentava o seu brilho a cada instante.

Não existiu amor assim, tão intenso, tão contente.

O vento mudou, o tempo passou, o amor acabou.

Culpado foi o destino que nos pegou na esquina.

A gente se iludiu, não pensou, apenas se separou.

Existe ainda uma esperança de retôrno, mas é tão pequenina.

Agora cada qual no seu caminho, às vêzes sozinho, ou feliz.

Um olhar para trás para acalmar a saudade dentro do peito.

Eu lamento, pois tudo de errado, fui eu que fiz.

Quando te encontro tú recuas e diz que este amor não tem jeito.

E vamos viver assim num eterno reecontro e um adeus.

Recordando o tempo e a felicidade que não existem mais.

Eu vou sentir falta do teu amor que foi só meu.

Tú váis lembrar alguém que um dia te amou.

O tempo passou, o vento mudou de rumo.

O nosso amor acabou.

Manaus, 30 de agôsto de 1992.

Marcos Antonio Costa da Silva