VÔMITO

Ontem, retornando à Nova Almeida-Serra-ES, onde resido, por volta das quinze horas, dentro do ônibus coletivo de Nova Almeida (806), pude observar uma cena que chamou bastante a minha atenção: uma menininha com aproximadamente cinco anos de idade, sentada no colo da mãe, de repente começou a passar mal, vomitando abundantemente, sujando muito o piso do veículo. Pessoas que entravam no coletivo, sem prestarem muita atenção onde pisavam, agindo como cegos, espalhavam a sujeita provocada pelo vômito, a todo instante. Além da sujeira provocada, existia também o mau cheiro resultante da situação. Pessoas abriam as janelas do coletivo, com a intenção de arejar o mesmo e, conseqüentemente diminuir o mau cheiro bastante desagradável.

Vendo aquela cena, o vômito sendo pisado pelas pessoas, imaginei que é exatamente assim que a grande maioria dos políticos trata o povo, como vômito pisado por eles a todo instante sem a menor cerimônia, fora dos períodos eleitorais. Vômito que se transforma em jóia de valor inestimável na hora de votar, na hora de colocar nas mãos dos lobos devoradores vestidos com pele de cordeiro, o podre poder, quando as urnas eletrônicas ou não, nem sempre confiáveis realizam a triste incumbência de eleger na maioria das vêzes, cegos que são incapazes de enxergarem um palmo adiante dos próprios narizes, mesmo julgando possuírem "visão perfeita", não conseguem ver que a única coisa que o povo precisa é ser tratado com o devido respeito que merece a todo tempo e, não somente em períodos eleitorais.

Antonio Alves
Enviado por Antonio Alves em 29/04/2008
Reeditado em 29/04/2008
Código do texto: T966848
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