A bengala – O instrumento da vingança

A bengala – O instrumento da vingança

Eu, ala.

A Natureza que é mãe de todas as coisas nunca abandona suas crias por muito tempo, está sempre vigiando-as lá de cima e não as deixa a mercê da sanha dos poderosos que costumam abusar do poder, até mesmo sendo seus irmãos, pois se todos têm uma mesma mãe todos são irmãos. Por isso de vez em quando ela interfere em favor dos mais fracos, punindo os abusados e arrogantes.

Foi assim com os detratores da bandeira da ética, que estava em baixa, vulgarizada, até mesmo vilipendiada por uma corja de enganadores, mancomunada em torno de uma sigla chamada PT, que mais significa, Partido dos Trapaceiros do que outra coisa que eles queiram dizer.

A natureza interveio agindo em favor da ética que estava sendo usada indevidamente pelos enganadores e trapaceiros, que a largaram e a esqueceram atolada na lama da corrupção que eles tanto praticavam. A natureza se utilizou de um acessório mais rígido da ética, o pau da bandeira, metamorfoseou-o em uma bengala, que providencialmente foi encontrada pelo cidadão mais adequado para executar o plano da Mãe Natureza: aquele senhor de barbas brancas, moral inabalável, sim era ele mesmo, o Sr. Yves Hublet, escritor de livros infantis, que recolheu o pau da bandeira da ética, transformado em bengala, que até a pouco se encontrava atolado na lama e saíram de mãos dadas, atravessaram a Praça do Três Poderes, adentraram ao Congresso Nacional e ao entrarem no plenário da Câmara dos deputados deram de cara com um dos principais detratores da ética, o deputado e réu, José Dirceu, acusado de faltar com o decoro parlamentar, prestes a ser julgado no plenário da Câmara. O Senhor Hublet não perdeu a oportunidade, desferiu-lhe três bengaladas certeiras que por pouco não o nocauteou. Foi o golpe fatal do mandato de deputado e da carreira política do “pilantrão” que no dia seguinte foi julgado e cassado.

Cassado por dez anos terá que polir com o traseiro, os bancos das escolas até aprender o que significa ética, moral e decoro parlamentar.

A bengala do Senhor Hublet é que ficou famosa, ganhou as manchetes das primeiras páginas dos principais jornais, do Brasil e do exterior, capas de revistas, a opinião pró da mais importante criação da Mãe Natureza – o povo, que através de milhares de cartas, manifestou seu apoio.

A bengala que, apesar de ser a prima chique da muleta e parenta distante da cadeira de rodas sempre representou o símbolo da decadência do seu próprio usuário, hoje ganhou status de celebridade e vive seus dias de glória.

Euala
Enviado por Euala em 11/01/2006
Código do texto: T97251