Amanhecer

Amanhece...

Ergo os meus olhos para a imensidão do firmamento , tentando vislumbrar outra paisagem além da imaginação, nos mistérios infinitos, em que a mente não consegue sondar.

Olho ao meu redor.

As árvores, o verde, as folhas, tudo permenece na quietude como se a natureza mantivesse um colóquio íntimo com o seu Criador, esperando o toque do amanhecer.

O astro rei oculta-se entre as nuvens, dia nublado.

Uma leve brisa, numa suave carpicia, balança uma folha e aquela gotinha de orvalho, uma remanescente da noite, oscila e permanece na extremidade da folha, fico imaginando : que energia mantem aquela frágil gotícula de orvalho, assim dependurada?

Um grilo, seresteiro incansável, canta entre o verde, mais uma dúvida paira no ar: como um ser tão minúsculo pode emitir sons tão vibrantes? Coias da natureza...

Lá fora, na praça, no meio das árvores, o maestro bem-te-vi afina o seu canto matinal no palco da natureza.

Uma sinfonia de pássaros, ruído de carros, burburinho de pessoas já se faz ouvir.

É o despertar de mais um dia, que traz a dádiva do trabalho, a vida, a luta, numa certeza de que, na vida tudo é energia, tudo se renova a cada instante.

O Artífice Celeste dá as primeiras pinceladas no azul do infinito.

O astro rei aparece.

É a sinfinia do amanhecer.

Deusinha
Enviado por Deusinha em 05/05/2008
Código do texto: T976265