Meu jeito de ser

Às vezes sinto-me no impasse entre o corpo e a alma

Meus desejos não podem ser realizados, o corpo não agüenta.

Carl Rogers, no seu livro, “Um jeito de ser”, consegue colocar claramente o que acontece quando nos sentimos assim.

A ânsia de viver, os encontros, desencontros e os amores submetem-se à capacidade e a realidade do corpo.

È...

O inevitável envelhecimento do corpo.

Esse que não existe plástica que resolva!

Tenho alma jovem, desejos muitos.

Esse desacordo muitas vezes me incomoda.

Se “forço a barra”, meu corpo ressente.

Torno-me inquieta, sem lugar.

O desejo de experimentar novos sonhos me impulsiona à vida.

Desafio meu corpo.

Permito-me

Quase sempre adoeço quando o faço.

Então recuo e assumo a fragilidade imposta pela minha história.

Afinal construí uma história!

Tenho boas lembranças, mas quero mais.

Sou gulosa da vida.

Não me contento com “apenas” ou “se”

Quero “tudo”

Quando muito ressentida, recuo.

Mas sei não durar muito tempo

Arrisco, quase sempre

Sou assim...

Não temo a morte por que vivo intensamente

Esse é meu jeito de ser.