NÃO SOU MAIS

Vái longe o tempo em que eu era o teu céu.

Não consegues mais me ver como o teu sol.

Eu perdí a paz que te dava sempre.

Eu já não possuo o calor que tú queres.

Eu já não existo na tua vida, tú não me sentes.

Foi lindo, foi maravilhoso, enfim foi tudo.

O nosso amor, foi um imenso amor.

Foi lindo, foi maravilhoso, mas acabou.

Restam-nos apenas as duas ótimas lembranças.

Que serão para mim, minhas eternas crianças.

Mas nem assim valeu o amor para você.

Por isso, eu aceito te perder.

Não houve luta, não houve batalha, tú desistiu.

Tú não soube cativar, prender o meu amor.

E depois de tanto tempo e contratempos.

Tú, mais uma vêz do meu amor fugiu.

Para quê lembrar o que não mais existe?

Para quê chorar o que não se faz?

Por quê depois de tanto tempo eu estou triste?

Por quê para você eu não sou nada mais?

Manaus, 17 de fevereiro de 1991.

Marcos Antonio Costa da Silva